No mundo tecnológico onde se vive, em que as redes sociais estão consolidadas como um meio de interação e a internet tornou-se imprescindível, há uma espécie que evolui também rapidamente: os robôs.
E não é de agora. Há 101 anos, por ocasião de uma peça teatral em Praga, foi criada a palavra ‘robô’. Desde então, essas criaturas têm ocupado as mais diversas esferas sociais – do cinema à literatura, das artes plásticas à indústria, do entretenimento à inteligência artificial. E, para contar um pouco desta rica história, o Centro Cultural Oi Futuro, no Flamengo, abre ao público, no dia 20 de abril, quarta-feira, a partir das 11h, a exposição “100 anos de robôs”, que celebra o centenário dos robôs, sintetizando, de forma lúdica e criativa, sua presença no imaginário social e na arte. A curadoria é assinada pelo artista visual ZavenParé, que trabalha com ‘MachineArt’, inventou a marionete eletrônica na década de 1990 e possui obras representadas em coleções e arquivos.
A mostra inaugura uma colaboração inédita entre três artistas que, até então, só haviam trabalhado em duplas independentes, em parcerias de projetos curatoriais, apresentação artística e cenografia. São eles: ZavenParé (artista, pesquisador e curador), Fred Paulino (artista, curador e produtor cultural – responsável pelo projeto Gambiologia, e Sérgio Marimba (artista e cenógrafo, reconhecido por seu trabalho no Carnaval do Rio).
Também participam da exposição três artistas estrangeiros: o belga Patrick Tresset, com seus robôs desenhistas, que fazem retratos dos visitantes a serem, progressivamente, instalados na parede da galeria durante o período expositivo; o canadense Samuel St-Aubin, que apresenta os robôs do cotidiano, que executam tarefas banais relacionadas ao dia a dia nas residências das pessoas; e Dmitry Morozov, com vídeos de esculturas mecânicas em funcionamento.
“Com a exposição 100 anos de robôs, o Oi Futuro convida o público a refletir por meio da arte, da ciência e da tecnologia, resgatando a história dos robôs e suas representações na cultura, da literatura ao cinema, que revelam muito sobre o espírito do tempo que os habitam. Ao abrir essa cápsula do tempo, o Oi Futuro pretende inspirar uma visão crítica e transformadora sobre como a tecnologia poderianos tornar mais humanos e ajudar a construir novos futuros para todos, que é o propósito do instituto”, diz Victor D’Almeida, gerente de Cultura do Oi Futuro.
O público vai poder ver, ainda, em “100 anos de robôs”, nas Galerias 1 e 2 do Oi Futuro: a história dos robôs no imaginário e na sociedade, da literatura aos eletrodomésticos; os robôs nas artes, no artesanato e na indústria, com o tema ‘ArsIndustrialis’ – que trata do progresso industrial e das vanguardas artísticas que sempre acompanharam o desenvolvimento tecnológico, mas que, com suas habilidades, ajudaram as pessoas aprenderem mais sobre si mesmas; linha do tempo, que conta a história dessas criaturas, em um mural com extensão de 8 metros, inspirado em ‘quadros de detetive’, contendo documentos originais, fac-similes, desenhos e anotações – a história da robótica desde 2500 A.C. até os dias atuais; acervos particulares inéditos, com cartazes, livros, fotografias e documentos originais de material histórico; além de coleção pessoal de 100 robôs de plástico do tipo ‘Mecha’ – acervo do cenógrafo Marimba, coletado durante décadas; e um conteúdo audiovisual diverso com imagens em movimento sobre o universo dos robôs, makingof de laboratórios de robótica, peças de teatro, reportagens, entre outros.
Alguns destaques de “100 anos de Robôs” prometem chamar a atenção dos visitantes: o robô foca bebê Paro para fins terapêuticos, que desperta respostas emocionais em pacientes de hospitais e casas de repouso, uma cortesia do Consulado Geral do Japão no Rio de Janeiro; ‘Instalação robôs domésticos’ – uma ‘família’ de cinco robôs aspiradores em funcionamento durante todo o período expositivo, em uma sala mobiliada e temática que remete a uma residência familiar; ‘Vídeo-caleidoscópios: robôs industriais’ – dois caleidoscópios gigantes com a exibição de vídeos de linhas de produção industrial – robótica; ‘Robôs e artesania’ –conjunto de quadros inéditos em madeira criadas pelo artista mineiro Daniel Herthel; ‘Instalação: robôs desenhistas’ – três ‘drawingrobots’ criados pelo artista belga Patrick Tresset, que desenharão, de forma autônoma, os rostos dos visitantes da exposições; ‘Robôs artísticos do cotidiano’ – esculturas mecânicas, com ou sem utilidade prática para a vida caseira, do jovem artista canadense Samuel St-Aubin, expoente da arte robótica; e ‘Robôs artísticos abstratos’ – vídeos de três esculturas mecânicas em funcionamento, criadas pelo artista russo Dmitry Morozov, conhecido como ::vtol::.
Curadoria: Zaven Paré
Abertura: 20 de abril, quarta-feira
Horário: das 11h às 20h
Visitação: de 20 de abril a 19 de junho de 2022; de quarta a domingo, das 11h às 20h
Endereço: Rua Dois de Dezembro, 63 – Flamengo, Rio de Janeiro – RJ, 22220-040
Entrada gratuita
É necessário apresentar o comprovante de vacinação em dia, no formato impresso ou digital, acompanhado de um documento com foto.