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ARTSONICA

ARTSONICA

31/12/1969

11h - 20h

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ARTSONICA

O Centro Cultural Oi Futuro recebe a mostra de processos de pesquisa multilinguagens do ArtSonica Residência Artística. Ao contrário do que as pessoas costumam encontrar nas demais exposições – em que uma linha conceitual une as obras – esta iniciativa levará aos visitantes o ineditismo de criações que ligam tecnologia e arte nas suas mais diversas formas, frutos de estudos, investigações de campo, observação do cotidiano e ideias inovadoras vindas de nove artistas residentes.
Inédito no Brasil, o projeto ArtSonica Residência Artística recebeu inscrições de quase 500 empresas brasileiras de produção cultural para o processo seletivo. A escolha foi feita por uma comissão, incluindo pessoas com notório saber em diferentes áreas: Carlito Azevedo (literatura), Chico Dub (música), Diane Lima (moda e artes urbanas), Floriano Romano (artes visuais) e Ivan Sugahara (artes cênicas); além de representantes do Oi Futuro e da Zucca Produções.

Agora, os artistas e coletivos selecionados mostram um pouco do resultado de suas Residências Artísticas. “O que está reunido aqui não são apenas obras de arte. Também não deixam de ser. O que conecta estes trabalhos é o fato de serem todos momentos e recortes de pesquisas que passaram pelo ArtSonica. Proposições que revelam onde os residentes pesquisadores chegaram, nestes fragmentos de tempo e do espaço definidos”, observa Julio Zucca, mentor da exposição.

O público verá instalações como a do artista visual Ismael Monticelli, de Brasília, que apresenta um painel com fotos e fatos sobre o desmonte do Morro do Castelo, no Centro do Rio. O artista multimídia pernambucano Gabriel Muniz e a artista e técnica de som direto baiana Irla Franco uniram pesquisas na videoinstalação “Ouvidochão Cartas Quilombolas”, que trabalha a ancestralidade negra no território carioca por meio de paisagens sonoras. Já a artista multimídia Luiza Guimarães uniu o professor argentino Ricardo Dal Farra e o game designer e creative coder Alberto Assumpção na mostra “Espectros Computacionais 3D 360º”, obra eletroacústica que utilizou tomografias computadorizadas de cérebros humanos para criar som, imagens e realidade virtual. Vindo de Pernambuco, o artista sonoro Yuri Bruscky exibe a instalação “Heterotopia”, pesquisa baseada nos sons que integram a sociedade, seus ritmos e processos da vida cotidiana e como eles podem ser ouvidos pelo corpo e não pelos ouvidos. Moda e tecnologia misturam-se em projeto do estilista Brayann Ivanovick. Com a alma dividida entre Piauí e Ceará, ele adotou o Rio de Janeiro como nova morada após passar pela residência artística, que resultou no fashion film “Aurora Cassino do Sol”, transposto para realidade virtual através de óculos VR 360°. O Coletivo Máquina, com artistas do Rio e de São Paulo, leva dispositivos com receptores para captação de ondas eletromagnéticas cerebrais, que serão manipuladas de forma digital e analógica, com efeitos sonoros xamânicos e esotéricos, no projeto “Machina de Contatos Ekstatikós”.

Outras três propostas pensadas por artistas do Rio de Janeiro são “Seu Quebra Barragem”, que é parte da pesquisa “Altamira 2042”, da dupla Gabriela Carneiro da Cunha e Eryk Rocha; “Perspectivas do Helicóptero”, do Coletivo Fluxos Urbanos, e “Som, uma Coreografia para Surdos”, da cineasta e dançarina flamenca Clara Kutner.

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