Com obras de artistas amazônidas, instalação multimídia Casa Comum faz alerta sobre o colapso ecológico
02/01/2024
O nosso centro cultural vai trazer para o Rio de Janeiro um pouquinho da Amazônia – e de todas as reflexões e urgências ambientais que a cercam. A exposição Casa Comum traz ao Futuros – Arte e Tecnologia um manifesto espiritual vertiginoso que transita entre uma Amazônia de florestas, cidades e rios, abordando ancestralidade, presente e futuro. A mostra ocupa todo o prédio do Futuros – Arte e Tecnologia entre 10 de janeiro e 10 de março, oferecendo ao público múltiplas experiências. Dentre elas, sala imersiva, instalações inéditas, obras de videoarte, experiência sonora, um documentário sobre a vivência de artistas na Amazônia – e uma escultura de uma anaconda gigante de 25 metros de comprimento!
Com idealização, curadoria e direção artística de Renato Rocha, o projeto será exibido no Brasil pela primeira vez após ter circulado em importantes festivais pelo mundo e na COP-26, edição da Conferência do Clima de 2021, que foi realizada em Glasgow. Casa Comum é uma colaboração artística internacional entre o diretor artístico Renato Rocha, o estúdio digital londrino SDNA (Ben Foot e Valentina Floris), os 12 artistas amazônicos: Alcemar Vieira Sateré, André Sateré, Elizete Tikuna, Jaqueline Santos, Jayne Kira, Rafa Militão, Rafael Bqueer, Roberta Carvalho, Uýra, Valda Sateré, Verlene Mesquita, Wellington Dias, além dos premiados cineastas Takumã Kuikuro do Xingú e Rafael Ramos, de Manaus, do artista sonoro Daniel Castanheira, do Rio de Janeiro, e da Galharufa Produções Artísticas.
Através da uma experiência híbrida – colaboração digital e imersão na Amazônia em suas florestas, rios e cidade – com o povo indígena Sateré Mawé, o grupo de artistas utilizou a videoarte, a performance, as artes visuais, o vídeo performance e a arte sonora como suporte para pensar o planeta como uma casa comum. Era fundamental ouvir as vozes amazônidas e as cosmovisões indígenas sobre o planeta e produzir narrativas não hegemônicas que pensem sobre as atuais crises climática e humanitária.
Inspirado no termo “casa comum” usado nas cosmovisões indígenas, no qual se refere ao planeta Terra como um lar para todos os seres vivos – um conceito enfatizado por Ailton Krenak na conferência de Lisboa, em 2017 –, a pesquisa explora o alerta do colapso ecológico através do olhar de uma cultura intimamente ligada à natureza, e o impacto da atividade humana sobre ela. “Tornamo-nos alienados deste organismo do qual fazemos parte, a Terra, e passamos a pensar que ela é uma coisa e nós somos outra: a Terra e a humanidade” (Krenak), mas a Terra, nossa casa comum, tem um limite.
“Por meio da cultura e suas múltiplas linguagens, o Futuros – Arte e Tecnologia busca engajar o público em debates e reflexões conectados com o nosso tempo. CASA COMUM abre a nossa programação em 2024 combinando arte, diversidade e urgência socioambiental com obras, debates e performances de artistas do norte do país. Assim, ao realizar esta exposição, um manifesto de vozes amazônidas e sua perspectiva da relação entre homem e natureza, reafirmamos nosso propósito de valorizar a diversidade de tradições e identidades, indispensáveis para construção de futuros mais sustentáveis, justos e inclusivos”, ressalta Victor D’Almeida, gerente de cultura do Oi Futuro.
A exposição Casa Comum conta com patrocínio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e Oi, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. A mostra integra a programação do Vem, Futuro!, projeto realizado pela Zucca Produções, com correalização de Futuros – Arte e Tecnologia e gestão cultural do Oi Futuro, que oferece uma agenda cultural diversificada no centro cultural Futuros – Arte e Tecnologia. Os patrocinadores do Vem, Futuro! são a Prefeitura do Rio de Janeiro, a Secretaria Municipal de Cultura, Serede, Universidade Veiga de Almeida, Eletromidia, SANDECH Engenharia e Windsor Hoteis, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro.
Ficha técnica
Casa Comum
de quarta-feira a domingo, das 11h às 20h
de 10 de janeiro a 10 de março
Entrada franca
Artistas criadores: Alcemar Vieira Sateré, André Sateré, Elizete Tikuna, Jaqueline Santos, Jayne Kira, Rafa Militão, Rafael Bqueer, Roberta Carvalho, Uýra, Valda Sateré, Verlene Mesquita e Wellington Dias.
Idealização, curadoria e direção artística: Renato Rocha
Estúdio criativo: Sdna Ltd
Captação de imagens: Takumã Kuikuro e Rafael Ramos
Criação, instalação e desenho sonoro: Daniel Castanheira
Expografia e direção de arte: Cachalote Mattos e Renato Rocha
Iluminação: Paulo Denizot
Colaboração técnica videográfica: Plínio Pietro
Som: Boca do Trambone
Assistência de direção e pré-edição geral: Breno Buswell
Cenotecnia: Moisés Cupertino
Equipamentos audiovisuais: Novamidia Equipamentos
Coordenação técnica audiovisual: Alexandre Bastos
Assessoria de imprensa: Ney Motta
Fotografia: Renato Mangolin
Criação gráfica, Marketing digital e mídias sociais: Lead Performance
Produção: Galharufa Produções
Direção de produção: Sérgio Saboya e Silvio Batistela
Produção executiva: Carlos Chapéu
Assistência de produção: Cajú Bezerra