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GABRIEL ASSAD E O FOMENTO DA CENA MUSICAL AUTORAL DE BH

27/02/2015

GABRIEL ASSAD E O FOMENTO DA CENA MUSICAL AUTORAL DE BH

Formado em Jornalismo e pós-graduado em processos criativos com palavra e imagem na PUC-MG, é sócio fundador da Híbrido Comunicação e Cultura e do Baixo Centro Cultural. O idealizador e produtor do celebrado Festival S.E.N.S.A.C.I.O.N.A.L! e também baixista da banda Pequena Morte leva ao Oi Futuro o Festival Permanente de Bandas.

OF. Como surgiu a ideia de realizar o Festival S.E.N.S.A.C.I.O.N.A.L! ?

GA. O S.E.N.S.A.C.I.O.N.A.L! (Simpósio de Empreendedorismo Nada Sensato Articulado no Cenário Internacional e Organizado por nosso Amigos Legais) tem forte origem numa turnê que a Pequena Morte fez pela Letônia e Itália em 2009. Naquela ocasião, fizemos duas apresentações num Festival de música e sustentabilidade chamado Onírica, em Verona, e tivemos a felicidade de conhecer e ser recebidos pela banda Hospitalu Iela, em Riga. O Hospitalu viria meses mais tarde tocar em BH e o Onírica seria nossa inspiração para produzir um evento de rua que pudesse receber a banda Letã e apresentá-la para o público belohorizontino. Além disso, o momento da cena musical independente da cidade era de pura efervescência. As discussões em torno da ocupação do espaço público e das políticas públicas duvidosas adotadas pela prefeitura eram (e ainda são), combustível para uma cena musical rica e diversa que deu origem a movimentos importantes da cidade como a Praia da Estação e mais tarde o Carnaval de Rua. Eu, Victor Diniz e Tamás Bodolay, todos membros do Pequena Morte, abríamos na época uma produtora, a Híbrido Comunicação e Cultura, e nessa confluência de fatores surgiria o Festival S.E.N.S.A.C.I.O.N.A.L!. Ocupação do espaço público, visibilidade para grupos musicais independentes e intercâmbio cultural viriam a ser os principais propósitos do Festival, premissas que ainda hoje norteiam os eventos relacionados à marca.

OF. O que o público que comparecer ao Oi Futuro poderá esperar do Festival Permanente de Bandas?

GA. O Festival Permanente tem como premissa ajudar no fomento da cena musical autoral de BH, uma das bandeiras mais importantes do S.E.N.S.A.C.I.O.N.A.L! Nas datas a serem realizadas no Oi Futuro, teremos bandas locais que apresentam excelentes trabalhos autorais e que, ao nosso ver, merecem visibilidade junto ao público da cidade. Os eventos terão dois momentos, um bate-papo e entrevista com a banda e depois a apresentação. Faremos o registro audiovisual dos eventos e o material vai ser disponibilizado posteriormente na internet.

OF. Você também é baixista e integra a Pequena Morte. Como foi construída a sonoridade da banda e quais as suas principais propostas?

GA. Através do Ska, que é a espinha dorçal da musicalidade da Pequena Morte, várias referências são incorporadas pelo grupo para criar uma sonoridade autêntica. O resultado é uma música vibrante, alegre, que junto as boas letras do Raul (vocalista), convoca o público a gastar a sola dos sapatos nas apresentações da banda.

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