Mulheres que voam: o ASA no Rio Innovation Week
11/11/2022
As mulheres representam apenas 9% dos rendimentos relativos a direitos autorais na indústria da música e, não coincidentemente, quase 50% das profissionais do ramo afirmam que têm até três ofícios para compor sua renda mensal. Os dados são da pesquisa “Por elas que fazem música”, realizada pela UBC (União brasileira de Compositores) este ano, e do DATA SIM 2019, e foram trazidos por Luciana Adão no painel “ASA: mulheres que voam”, durante o Rio Innovation Week, que aconteceu esta semana no Rio de Janeiro.
“Dificuldade de formação de parcerias e network, falta de oportunidade profissional, formação e políticas públicas são alguns dos desafios enfrentados pelas mulheres do som e da música. Com o ASA, conseguimos minimizar esses impactos”, afirmou Luciana, que é coordenadora de Patrocínios Culturais do Oi Futuro. Criado em 2018, o Arte Sônica Amplificada – o ASA capacitou diretamente 500 mulheres e já engajou mais de 20 mil pessoas em atividades como paineis, workshops, shows e gravações. Ao todo, foram cerca de 680 horas de estúdio disponibilizadas para as participantes do projeto.
Uma iniciativa do British Council e do Oi Futuro, em parceria com as organizações britânicas Lighthouse e Shesaid.so e a brasileira WME (Women’s Music Even), o ASA tem como objetivo promover a equidade de gênero na indústria da música através da capacitação e do desenvolvimento de carreiras de mulheres. A igualdade de gênero está dentro da Agenda 2030 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e é um tema transversal em todas as frentes de atuação do Oi Futuro.
A partir da participação no ASA, houve um aumento de 50% no número de profissionais inseridas no mercado musical reduzindo pela metade o número de participantes que estavam desempregadas. Isso é possível porque o ASA além trabalhar o desenvolvimento de habilidades técnicas, o conhecimento da estrutura do mercado musical e o aprimoramento de habilidades pessoais como auto-confiança e disciplina, atua como um facilitador na criação de redes, conexões artísticas e parcerias, expandindo, assim, as possibilidades profissionais e áreas de atuação no setor.
“Quero mais mulheres voando juntas, eu quero que a gente ganhe espaço porque não existe erradicação de pobreza, eliminação de violência, sem equidade de gênero, sem distribuição de renda justa, sem mulheres ocupando postos estratégicos”, afirmou Luciana. ““O ASA me deu propósito. A minha perspectiva pessoal dos próximos anos é que todo programa que eu puder criar, trabalhar, fomentar, estruturar… ter mais mulheres comigo será uma prioridade. Ele é uma construção coletiva de criação de redes. Precisamos ampliar nossas asas para chegar a mais lugares e alcançar o maior número de mulheres, potencializando assim o impacto e os resultados desse projeto. É fundamental que outras empresas, organizações e instituições se juntem ao Oi Futuro no ASA e em nossos outros projetos e editais culturais para, em parceria, construirmos juntos uma sociedade com equidade de gênero e possibilidade de trabalho justo e digno para as todas”.
Conheça o ASA e saiba tudo que rolou nas três edições do edital aqui.