Projeto HUB+ lança e-book gratuito para museus de todo o Brasil
30/06/2022
Uma rede formada para capacitar equipes, trazer novos conhecimentos e apresentar formatos e conteúdos diversos num ambiente multiplataforma está prestes a finalizar sua primeira edição com grande reconhecimento entre os profissionais das instituições e excelentes resultados para os primeiros beneficiados. É o HUB+, um projeto que tornou tudo isso possível para os Museus selecionados pelo edital no Estado do Rio de Janeiro. A partir desta quinta-feira (30), o conteúdo do projeto está disponível em um e-book e pode ser acessado gratuitamente em todo o Brasil pelos profissionais interessados através de uma plataforma digital.
O Oi Futuro, a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (SECEC) e a empresa Coeficiente Artístico fecham com ótimos resultados o primeiro ciclo do projeto HUB+: foram 10 museus contemplados para ciclos de formação e qualificação, por meio de mentorias técnicas, voltada para ampliação de acesso, inovação, dinamização, com foco na educação, acessibilidade e preservação de acervos.
A iniciativa, que teve como objetivo fortalecer o setor de museus brasileiros, apoiando os museus fluminenses para enfrentar os desafios no contexto da pandemia a desenvolverem novas estratégias de atuação e conexão com o público brasileiro. No total o programa contou com quase 120 encontros de mentorias, 08 workshops e 06 cursos para as instituições selecionadas. O novo e-book torna disponível todos os conteúdos do processo numa plataforma digital pública, para pesquisa de museus interessados em todo o Brasil.
De agosto de 2016 ao início de 2021 a Coeficiente realizou a Coordenação e gestão do Programa Educativo do Museu das Telecomunicações Oi Futuro, atual MUSEHUM – Museu das Comunicações e Humanidades, desenvolvendo uma série de atividades educativas, de formação, ativação e ampliação de públicos, ação de acessibilidades etc. Essa experiência e toda a troca realizada junto ao setor e seus profissionais despertou a ideia de pensar e desenvolver um programa com esse propósito.
Para Victor D’Almeida, Gerente de Cultura do Oi Futuro, o HUB+ marca uma ação conjunta e coletiva da sociedade civil, iniciativa privada e poder público para responder os desafios que já existiam para os museólogos em todo o estado. “O papel do museu é um espaço de troca, convívio, ter a memória do passado, refletir sobre o presente e projetar futuros mais inclusivos e diversos. O HUB+ conseguiu responder de uma forma positiva ao adotar essa camada digital, no momento que as pessoas estavam com a sua mobilidade limitada, conseguir proporcionar qualificação para os profissionais e ampliar para todos os museus do Brasil o conhecimento gerado durante o programa”, destaca Victor.
Segundo Rafaela Zanete, coordenadora do projeto, o diferencial do HUB+ foi a proposta de levar a uma rede de museus do território fluminense um programa de formação e qualificação de forma estruturada e continuada. “Os museus estão em constante evolução, assim como seus profissionais. Vejo todos os museus envolvidos e os profissionais muito abertos a esse aprendizado e troca, com desejo de aprimoramento para propor e promover melhorias em seus museus. Vivenciamos questões e desafios em comum, tem questões inerentes ao ‘ser museu’”, ressalta a coordenadora.
De acordo com a Secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, Daniela Barros, a pasta investiu, nos últimos dois anos, cerca de R$450 milhões na cultura fluminense. A cultura do Estado é democrática, acessível e plural. E esse tem sido o legado do Governo do Rio de Janeiro, que tem a missão de fortalecer as atividades culturais em todas as dez regiões fluminenses, garantindo o acesso aos recursos da pasta, elevando sua contribuição para o desenvolvimento econômico e social do Rio de Janeiro”, comenta Daniela.
Para a Superintendente de Museus, Lucienne Figueiredo, o Projeto HUB+ veio ao encontro das Políticas Públicas para os Museus do Estado, através da articulação de projetos, parceiros e programas que potencializem as instituições responsáveis pela memória e patrimônio fluminenses, vislumbrando um desenvolvimento institucional em todas as regiões do Estado. A Superintendência de Museus acompanhou o projeto, que já nasceu com um caráter de Programa, com uma visão de capacitação permanente e, sobretudo, acessível aos profissionais de museus e suas instituições.
Selecionado no edital, em abril do ano passado, o Museu de Patologia participou de todas as etapas do programa reafirmando a missão, a visão e os valores da instituição. De acordo com equipe do Museu da Patologia/IOC/Fiocruz, o conhecimento técnico nas áreas de educação, acessibilidade e conservação foram cruciais para museus em processo de estruturação e abertura, como é o caso do Museu da Patologia.
Já para Alini Rangel, diretora do Museu da Favela, o programa foi extremamente importante em todos os sentidos, além de ter agregado bastante valor quanto ao tema de acessibilidade.