O ano de 2023 marcou uma nova fase da atuação do Oi Futuro no setor cultural. Em um movimento estratégico de alinhamento com as práticas das instituições de cultura ao redor do mundo, em abril o instituto reinaugurou o seu centro cultural, com novo nome e marca: Futuros – Arte  e Tecnologia. A mudança tornou possível a entrada de novos e diferentes patrocinadores para fortalecer e ampliar a proposta de democratizar o acesso a experiências de arte, ciência e tecnologia, tornando a programação de Futuros ainda mais diversa, inovadora e dinâmica.

O Oi Futuro segue como gestor cultural e curatorial do Futuros – Arte e Tecnologia e do Musehum –  Museu das Comunicações e Humanidades, que têm a Oi como fundadora e principal mantenedora. Com a virada de marca, EY, Eletrobras e BMA Advogados tornaram-se os novos patrocinadores do Musehum, que expandiu suas ações educativas para 160 escolas públicas e organizações sociais com a disposição de 78 ônibus gratuitos. Durante o ano, o programa educativo atendeu 5.056 pessoas em visitas mediadas e 14 estações educativas gratuitas.

No segundo semestre, em parceria com a Zucca Produções, Oi Futuro lançou VEM, FUTURO!, que oferece uma programação cultural ampliada e acessível a todos os públicos, com palestras, oficinas, workshops e seminário. A união de empresas e de pessoas com o objetivo comum de preservar e fomentar a cultura deu vida ao projeto, que abrange também a manutenção das galerias e teatro, ajudando a viabilizar a agenda de exposições gratuitas e peças a preços populares. De julho deste ano até maio de 2024, o VEM, FUTURO! acontece com o patrocínio da Prefeitura do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura do Rio Serede, Universidade Veiga de Almeida, Eletromidia, SANDECH Engenharia e Windsor Hoteis, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro.

Recorde de público e prêmios

O ano começou no nosso centro cultural com uma visita muito especial: no dia 10 de janeiro, Gilberto Gil visitou o nosso espaço para conhecer de perto a instalação imersiva Gil Futurível, na Bienal de Arte Digital, que abriu a programação do ano. Os jovens idealizadores da obra criaram um modelo 3D do artista que permitia o público passear por sua história musical e se encontrar frente a frente com o grande gênio da música brasileira. Gil vivenciou a experiência de se reconhecer “transmutado em energia” e se disse encantado: “Isso são os esboços da imortalidade… A possibilidade de permanecer para o futuro. É tudo que eu sonhava. É uma obrigação de um instituto que traz futuro na sua denominação esse aspecto de atenção à cultura e à possibilidade de permanência dessa cultura em vários meios, inclusive digitais”, declarou o artista durante a visita.

Ao todo, Futuros abrigou 10 exposições, mostras e ocupações em 2023, recebendo mais de 127 mil visitantes – o recorde de todos os tempos do centro cultural. A agenda incluiu seminários, rodas de conversa, shows, festivais, DJs, experiências  imersivas, obras interativas e residências internacionais. Na programação de inauguração de Futuros, Futuração – Festivais  Navegando todos os Sentidos reuniu oito festivais de música nativos das regiões Norte, Nordeste, Sul e Centro-Oeste do Brasil. Eles promoveram uma ocupação total do espaço com diferentes linguagens artísticas, abrindo múltiplos caminhos de interação com o público. Em novembro, o Multiplicidade comemorou seus 18 anos de existência abraçando outros projetos culturais da América do Sul e regiões periféricas do Rio de Janeiro.

Já no Teatro Futuros, sete peças estiveram em cartaz com diversas sessões em LIBRAS, levando para o palco temas como ancestralidade, sexualidade, cultura popular, literatura, diversidade de gênero e formações familiares. Foi tempo também de comemoração: cinco peças apoiadas por Oi Futuro e que estrearam em nosso palco receberam este ano 43 indicações para os principais prêmios do teatro nacional, com “Enquanto você voava, eu criava raízes” sendo o grande vencedor do Prêmio APTR 2023 e “Sem Palavras” como vendedor de dramaturgia do Prêmio Shell 2023 (ambos estiveram em cartaz em 2022 no nosso teatro) .

Cultura hoje e o Futuro dos Museus  

Durante todo o ano, o Oi Futuro participou dos principais eventos de inovação e cultura que aconteceram no país. Em janeiro, na Semana Internacional da Música de São Paulo (SIM SP), o instituto lançou a websérie Música: Substantivo Feminino, produzida em parceira com o British Council com cinco episódios e 83,3 mil visualizações em nosso canal no Youtube. O Oi Futuro esteve presente em quatro momentos do evento, entre mesas de debate, workshop e pitches. Em outubro, foi a vez  do instituto no Rio Innovation Week, onde liderou seis painéis discutindo a relação entre arte e inteligência artificial, o papel dos espaços de cultura e tecnologia no país, o futuro dos festivais, a profissionalização na indústria da música e apresentando a pesquisa “O poder do público: tendências globais para o futuro dos museus”, divulgada em setembro.

A pesquisa reforça a proposta do Oi futuro de produzir conteúdo de referência e estimular a inovação. Realizado em parceria com o Grupo Consumoteca e apoio do British Council,  o estudo inédito ouviu especialistas brasileiros e estrangeiros ligados ao universo de museus, centros culturais e festivais, que compartilharam suas reflexões sobre o atual cenário museológico e as projeções para os próximos anos.  O objetivo era investigar a relação entre o público e os museus, que vem se transformando pós-pandemia. Além de traçar um perfil do público brasileiro, que foi dividido em quatro grupos principais (desinteressados, escapistas, tradicionais e topa-tudo), a pesquisa lançou nove tendências mundiais para os museus permanecerem como instituições relevantes e conectadas com a sociedade do futuro. Para conhecer essas tendências e entender melhor cada perfil de público,  baixe a pesquisa aqui.

Arte e Cultura Amazônida

Reforçando seu compromisso de estimular a produção cultural em todas as regiões do país, em agosto, o Oi Futuro esteve em Belém do Pará para a primeira edição da Bienal das Amazônias, que teve apoio do instituto e contou com exposições de 121 artistas de países que têm a Floresta Amazônica em seus territórios. Lá, ao lado do British Council, o Oi Futuro apresentou os resultados do primeiro ciclo do programa Cultura Circular, criado em 2022 com o objetivo de promover mais sustentabilidade na concepção e gestão de festivais, e ampliar o debate sobre mudanças climáticas por meio de criações artísticas.  O Cultura Circular selecionou oito festivais de sete estados do país, que foram capacitados em práticas e criação de soluções sustentáveis em festivais e realizaram intercâmbio cultural com artistas do Reino Unido. O programa alcançou 150 mil pessoas em diferentes regiões do país.

Em paralelo à Bienal, o Festival Amazônia Mapping completou 10 anos com uma super edição comemorativa que teve, pelo quarto ano consecutivo, a Oi e o Oi Futuro como patrocinadores e apoiadores. Durante quatro dias, o Amazonia Mapping promoveu macro projeções de diversos artistas, vídeo mapping, shows “música e imagem”, discotecagem, oficinas e feira gastronômica, reunindo nomes como Ailton Krenak, Victor Xamã, Aíla, entre diversos artistas amazônidas.

Em novembro, o Oi Futuro retornou à Região Norte para participar do MICBR – Mercado das Indústrias Criativas do Brasil, que aconteceu em Belém do Pará, que se prepara para sediar a COP 30 em 2025. A terceira edição do MICBR promoveu um evento gratuito de quatro dias com roda de negócios, networking, shows, workshops, gastronomia e exposições diversas reunindo mais de 400 empreendedores de 17 nacionalidades.  Como player da área de música, o Oi Futuro participou das rodadas de negócios com empreendedores brasileiros e sulamericanos, conduziu uma das “Conversas com Players”  e mediou dois painéis discutindo o papel  dos  festivais como vetores de inovação e também como  mobilizadores sociais para enfrentamento  das questões climáticas.