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Rio 2C: Educação renovada para futuros diversos e criativos

28/04/2019

Rio 2C: Educação renovada para futuros diversos e criativos

A educação é uma ferramenta potente no desenvolvimento de profissionais inovadores e criativos. Mas para acompanhar a revolução digital que já está em curso no campo da nova economia as escolas precisam preparar os jovens para além da formação técnica. É preciso desenvolver competências e habilidades socioemocionais. Essa foi a tônica do concorrido painel “Educação para a Economia Criativa – A Experiência Jovem” na Rio 2C 2019, que contou com egressos das escolas parceiras da Oi e do Oi Futuro.

A conversa foi conduzida pelo ex-aluno do Oi Kabum! Lab Eloi Leones, de 23 anos. O Lab é uma parceria entre o Oi Futuro e o Centro de Criação de Imagem Popular (CECIP) e tem formado jovens da periferia em linguagens audiovisuais conectadas aos campos da arte e tecnologia.  No debate estavam ainda Ingrid Andrade,  21, e Hélio Oliveira, 20, ambos ex-estudantes do NAVE, programa de Educação do Oi Futuro em parceria público privada com os governos do Estado do Rio de Janeiro e de Pernambuco.

Os dois contaram um pouco sobre sua trajetória depois de terem passado por uma escola integral onde os alunos são incentivados a trabalhar em projetos integrados, orientados pelos educadores. Assim, experimentam na prática processos derivados da inovação tecnológica, como ideação, planejamento, apresentação de ideias em público, produção coletiva e publicação. A escola também incentiva que os estudantes se apropriem de forma crítica das linguagens e técnicas do universo digital e estimula que eles definam sua própria trilha de aprendizagem.

Ingrid, que estudou na unidade do Rio, e Hélio, de Recife, contaram que precisaram colocar em prática de imediato muitos dos conhecimentos e habilidades adquiridos no Ensino Médio. Lidar com a diversidade, participar de forma colaborativa dos projetos e estar disposto a sugerir inovações nos processos em que atuam são capacidades importantes para quem ingressa na indústria criativa. Afinal, são empreendimentos em que o trabalho não pode ser feito por repetição e o resultado depende em muito da boa interação entre as pessoas.

“Eu acho que o NAVE abriu um mundo pra gente. Não sou formado em técnico, mas em relações pessoais. A gente aprende a ter empatia, a se colocar no lugar do outro e entender o universo de trabalho. Isso faz com que cada projeto que a gente faça saia mais bonito”, contou Hélio, que atualmente cursa Design na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Ingrid, que trabalha em uma corretora de investimentos e estuda Engenharia de Produção na Universidade Veiga de Almeida, ressaltou que o fato de ser egressa do NAVE já chama a atenção no mercado.

“Aprendemos que não basta ser um programador que passa o dia diante do teclado desenvolvendo códigos. Aprendemos que podemos ser agentes de mudança, de criatividade e produtores de conteúdo. Foi uma visão voltada para o mercado, que nos preparou para desenvolver projetos como um todo, prevendo custos e etc”, disse Ingrid.

Na era digital, jovens que passaram por uma metodologia de ensino que incentiva a participação e estimula a busca de conhecimento estão de fato pelo menos um passo à frente de quem não teve a mesma oportunidade, segundo os ex-alunos do NAVE. Hélio lembrou de um projeto de animação que ajudou a fazer a partir de personagens reais da universidade. Seu trabalho foi exibido em festivais no Brasil e no exterior. “Contamos histórias de professores e alunos de acordo com observações que fizemos. Acho importante fazer projetos que realmente tenham impacto na vida das pessoas”, afirmou o estudante.

Ingrid, que defendeu a importância de haver um equilíbrio maior entre meninas e meninos no ambiente da tecnologia, também falou da importância dessa mudança de postura aprendida no Ensino Médio.  Para ela, as empresas da nova economia esperam dos profissionais mais do que um certificado, mas o que realmente pode trazer de resultado para o negócio.

“A gente não quer ficar cada um numa caixinha. A gente quer aprender o todo. Então tenta sempre construir junto, mostrar que o resultado é maior que o esforço solitário, trabalhando com colaboração e capacidade de adaptação”, sugeriu a estudante.

 

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