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Rio2C: Inovação e criatividade para expandir negócios de impacto

26/04/2019

Rio2C: Inovação e criatividade para expandir negócios de impacto

Como estimular a inovação em negócios que promovam a transformação da sociedade? Como ampliar as oportunidades existentes para novos empreendimentos e novos perfis de empreendedores nesse campo? Como encontrar indicadores que realmente representem a realidade desses negócios? Esses foram alguns dos temas debatidos no painel “Como Inovar em Negócios de Impacto” na Rio 2C 2019, que contou com a mediação da Coordenadora de Inovação Social do Oi Futuro, Flavia Vianna, da head de comunicação da Pipe.Social, Andrea Xavier, e do fundador da Din4mo, Marco Gorini,

Um dos pontos levantados pelos especialistas é a necessidade de um maior conhecimento do universo do empreendedorismo, não só pelos próprios empreendedores, mas também pelos investidores interessados neste território. Uma ferramenta importante para essa disseminação de informações sobre o setor é o Mapa de Negócios de Impacto Social+Ambiental desenvolvido pela Pipe Social.

O levantamento, realizado desde 2017, acompanha a evolução do ambiente de negócios de impacto socioambiental no Brasil, ajudando a orientar estratégias e ações dos diversos atores que estão construindo e fomentando o setor da economia no país. O estudo traz dados e números atuais sobre o perfil e atuação dos negócios, assim como um panorama de iniciativas, gaps, desafios e oportunidades de crescimento.

Andrea mostrou que a última edição sinaliza, por exemplo, a concentração de iniciativas na região Sudeste. Mas também aponta um crescimento nos negócios de impacto nas regiões norte e nordeste. O mapa também identifica que os negócios estão usando mais tecnologias e tivemos uma maior participação de daqueles exclusivamente focados na periferia na base da pirâmide.

“Nossa plataforma é uma vitrine de dados sobre os negócios de impacto no Brasil. Por meio dela, disseminamos os dados e conectamos também esses atores”, explicou Andrea ressaltando a necessidade de disseminação dessas informações para o crescimento do segmento.

Outro ponto explorado pelos especialistas durante o painel foi a necessidade de ampliação do olhar e do debate sobre as finanças sociais de impacto. Marco Gorini acredita que as métricas de performance e resultado desses negócios precisam amadurecer para reduzir a visão de risco e atrair mais capital para os negócios.

Ele também apresentou o case do Programa Vivenda e seu modelo de financiamento misto como uma forma de inovação para os negócios de impacto. O Vivenda oferece reformas habitacionais com baixo custo e reduzido tempo de entrega, com um modelo de financiamento que combina capital de fundos filantrópicos com o de investidores gerando debêntures sociais e reduzindo o risco para o investidor.

“Para atrair mais recursos para os negócios sociais, precisamos mapear e criar alternativas de financiamento criativas para reduzir não só o risco como a percepção de risco”, acredita o consultor.

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