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Futuração – Festivais navegando todos os sentidos

Futuração – Festivais navegando todos os sentidos

De 14/04/2023 à 30/04/2023

Quarta a domingo, das 11h às 20h

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Celebrando sua nova fase com públicos e parceiros, o nosso centro cultural (sob a nova identidade, Futuros – Arte e Tecnologia) se tornará o epicentro de alguns dos festivais mais inovadores do Brasil. Numa ocupação artística batizada de Futuração – Festivais navegando todos os sentidos, que tomará integralmente a área expositiva do edifício entre 14 e 30 de abril, a instituição apresentará a multiplicidade de linguagens e a riqueza simbólica de oito festivais nativos das regiões Norte, Nordeste, Sul e Centro-Oeste. A mostra traz também um seminário que debate o cenário dos festivais no país.

Retira aqui seu ingresso (gratuito!) para o seminário.

Construída em tom de manifesto, a ocupação coletiva Futuração reverbera as vozes dos festivais de todo o país e prevê um seminário durante o evento de abertura. Fazem parte da programação oficial os festivais Amazônia Mapping (PA), Se Rasgum (PA) + LabVerde (AM), Radioca (BA), Novíssimos (BA), Favela Sounds (DF), Latinidades (DF), MATE (RS) e Morrostock (RS).

Ao longo de mais de 20 anos, por meio do Programa Oi de Patrocínios Culturais Incentivados, o instituto Oi Futuro tem investido na criação e na evolução de festivais no Brasil.

“O instituto Oi Futuro acredita nos festivais como plataformas de inovação, educação e transformação. Festivais são catalisadores de tendências, abrem diálogos sobre questões sociais urgentes, conectam públicos diversos e movimentam economias locais”, explica Sara Crosman. “Os oitos festivais participantes, além do LabVerde, são projetos originalmente apoiados pela Oi e pelo Oi Futuro. O Futuros renasce com essa grande missão que é reunir o melhor da produção cultural do Brasil e promover encontros inéditos que geram mudanças e inovações na sociedade”.

A proposta de convergência artística por trás de Futuração soma a poética de cada um dos coletivos, diluindo as autorias e protagonismos numa estética coesa, única e potente a serviço dos desafios mais contemporâneos.

“Futuração é uma experiência colaborativa inédita de ocupação. O projeto convoca o visitante a refletir sobre como a música, os festivais e a arte, de maneira geral, podem mobilizar públicos para as questões do tempo presente. Se cada festival possui uma voz, Futuração é como um grande coral”, analisa Chico Dub, diretor artístico residente do Futuros Arte e Tecnologia.

 

Sobre a ocupação artística

Desde a sua fundação, o instituto Oi Futuro apoiou e chancelou cerca de 200 festivais de linguagens e formatos diversos em todo o país, sendo um dos principais apoiadores do gênero no Brasil.

De acordo com Chico Dub, Futuração – Festivais navegando todos os sentidos parte da ideia de uma exposição menos voltada aos festivais em si, apostando principalmente nas vozes emanadas por eles: “Os festivais funcionam como antenas que captam o espírito de um tempo e se alinham com as tensões culturais de uma determinada época. São palcos que refletem a sociedade com a capacidade de amplificar transformações sociais de forma lúdica e pacífica”.

Partindo de uma visão sobre os festivais como vetores de mudança do tempo histórico, Futuração se propõe a estimular o desenvolvimento de práticas inovadoras e colaborativas entre as oito iniciativas brasileiras contempladas pelo projeto – articulando a criação artística com urgências contemporâneas acerca da inclusão, diversidade, acessibilidades, meio ambiente, território, equidades, comunicações e humanidades.

Assim, a ocupação assume um perfil de manifesto para expressar como a arte pode contribuir para a construção de novos futuros e como os festivais são agentes contemporâneos de mobilização social.

 

Futuração, passo a passo

Estruturalmente, Futuração ocupa todos os espaços expositivos do Futuros – Arte e Tecnologia. No andar térreo, o hall propõe um recorte da história e cultura dos festivais nacionais e independentes, especialmente entre as décadas de 90 até a atualidade, através de conteúdos audiovisuais. No videowall, será exibida uma mostra do que foi produzido no passado pelos festivais participantes. Já nas telas espalhadas pelo espaço, o público assistirá a entrevistas com personagens-chave para a realização destes eventos, com destaque para os realizadores das iniciativas envolvidas em Futuração.

Essa porta de entrada faz uma ponte para a Galeria 3, que é o ponto de partida da exposição. “Se estamos reunindo oito festivais dentro de uma mesma proposta, vamos tentar entender de onde eles vêm. Por isso construímos uma linha do tempo histórica, de função contextual e explicativa sobre essas origens”, informa Dub.

Traçada nas três paredes da galeria e no piso, a linha do tempo multimídia viaja pela história dos festivais ao longo das últimas seis décadas, contextualizando as vozes que protagonizaram debates importantes na sociedade. O fio condutor é ilustrado por objetos de memorabilia e conta com pop-ups que destacam momentos relevantes na trajetória desses eventos através de diferentes suportes, como áudio, vídeo e imagem.

Já nas Galerias 1 e 2 foram elencadas algumas das pautas mais urgentes da atualidade, trabalhadas através de objetos sonoros e interativos, instalações audiovisuais, lambe-lambe, grafite e outras mídias.

A Galeria 1 aborda temas ligados à negritude, antirracismo, ancestralidade, diáspora, diversidade sexual e anti-homofobia. Neste espaço, o público vai encontrar a exposição “Rosas em Vida”, uma homenagem a 100 mulheres afro-latinas, com trajetórias diversas que atuam a partir de diferentes regiões brasileiras e de outros países da América Latina. Entre elas a primeira negra vice-presidente, Epsy Campbell, da Costa Rica; e a atual vice da Colômbia, Francia Márquez. Trata-se de uma instalação de lambe-lambes de personalidades femininas de diferentes gerações e áreas de atuação, como Conceição Evaristo, Glória Maria, Lia de Itamaracá, Mãe Celina de de Xangô, Sueli Carneiro e Zezé Motta. A obra ressalta a potência das trajetórias e vozes de mulheres negras na construção e preservação do patrimônio cultural imaterial brasileiro.

Em outro ponto da galeria, está o mapa interativo da criatividade nas favelas do Brasil, um projeto-piloto que vem sendo desenvolvido de forma colaborativa e com apoio de pesquisa ligada ao curso de Produção Cultural da Universidade Federal Fluminense (UFF). Sua estreia no Futuração foca na música com o objetivo de compartilhar novos talentos com o grande público e com possíveis contratantes. Posteriormente, o mapa vai abranger também talentos de outras áreas como audiovisual, moda, design, games e tecnologia, gastronomia e negócios de impacto em todos os estados do Brasil.

Por fim, uma jukebox interativa curada por todos os festivais reúne canções políticas, que trazem algum tipo de debate em torno dos temas abordados pelo espaço. Com canções de nomes como Emicida, Criolo e Elza Soares, a instalação é inspirada na obra A jukebox of people trying to change the world, da artista escocesa Ruth Ewan.

A Galeria 2 traz temas e obras ligados ao meio ambiente, sustentabilidade, mudanças climáticas e ecologia a partir de um viés amazônida, com trabalhos dos principais nomes da arte contemporânea que representam as muitas Amazônias de hoje: Astigma VJ (PA), Elisclésio Makuxi (RR), Evna Moura (PA), Keila Sankofa (AM), Marcia Kambeba (AM), Pv Dias (PA), Rafa Bqueer (PA), Roberta Carvalho (PA) e Uyra Sodoma (PA/AM).

De um lado da galeria, o público é convidado a mergulhar na poética dos artistas visuais e sonoros da Amazônia, através de projeções imersivas em 360º, que ocupam paredes, chão e teto. Do outro, há uma instalação que dialoga com o folclore de Parintins. Resultado da imersão proposta durante a residência LabSonora, a instalação “Cabeças sonoras” é formada por paredes grafitadas com ilustrações do duo Curumiz e por cabeças estilizadas de animais icônicos da floresta, que ecoam o trabalho de artistas sonoros da Amazônia, como Wirawasu (AM), Elton Panamby (MA), Reiner (PA), Layse (PA), Tani (AP), Cida Aripória (AM), Mafel Matagal (AM).

Quem visitar Futuração poderá ainda navegar pelo Musehum, o Museu das Comunicações e Humanidades, que ocupa o sexto andar de Futuros e aborda as comunicações sob a perspectiva das relações humanas, trazendo o público para o centro da experiência da visitação, tornando-o parte integrante de seu repertório.

 

Sobre o seminário | 14 de abril, das 10h às 19h30

Outro destaque da programação é o seminário aberto ao público, no dia 14 de abril, no teatro do centro cultural. Serão cinco mesas compostas pelos participantes do Futuração. Em pauta, o formato do festival a partir de questões sobre a produção colaborativa, a descentralização da curadoria e o trabalho através de políticas públicas conjuntas. Sob uma segunda vertente, serão abordadas as temáticas levantadas pelas exposições. Com representantes dos festivais Amazônia Mapping, Se Rasgum e Labverde, o seminário pretende refletir sobre a situação artístico-político-social dos territórios amazônidas. Já com o Favela Sounds e um representante da UFF, o encontro promove uma conversa em torno do mapa interativo exposto na Galeria 1.

Os ingressos para o seminário são gratuitos e devem ser retirados neste link.

Mesa 1: Sustentabilidades possíveis
das 10h às 11h30
Mediação: Rafael Ferraz (British Council)
com: Jaqueline Fernandes (Latinidades), Lucas Hanke (Morrostock), Nestor Mádenes (Coquetel Molotov – participação online), Roberta Medina (Rock in Rio)
Mesa 2: Políticas públicas no século 21: como transitar de um Estado para outro
das 11h45 às 13h
Mediação: Sandro Rosa (Oi Futuro)
com: Ana Morena (Abrafin), Luciana Adão (Oi Futuro), Maria Marighella (Presidenta Funarte)
Mesa 3: Amazônia(s): ancestralidade, presente e futuro
das 15h às 16h30
Mediação: Aíla (Amazônia Mapping)
com: Karla Martins (atriz, produtora cultural), Lilian Fraiji (Labverde), PV Dias (artista visual), Renato Rocha (Casa Comum), Roberta Carvalho (Amazônia Mapping)
Mesa 4: Produção colaborativa e desconstrução de curadoria
das 16h45 às 18h
Mediação: Chico Dub (diretor artístico residente no Oi Futuro)
com: Batman Zavareze (diretor do Multiplicidade), Bruno Melo (MATE), Luciano Matos (Radioca), Renée Chalu (Se Rasgum)
Mesa 5: Polifonia periférica: arte, criatividade e economia
das 18h15 às 19h30
Mediação: ​Guilherme Tavares (Favela Sounds)
com: Carla Zulu (coordenadora de relações institucionais do Museu das Favelas – participação online), Dennis Novaes (coordenador do Mapa das Favelas, UFRJ – Museu Nacional), Emerson Facão (Estude o Funk), Rebeca Brandão (artista, produtora e gestora cultural)

 

Conheça mais sobre os festivais que compõem Futuração

Morrostock (RS):
Evento anual que acontece em Sapiranga, Rio Grande do Sul, e que completa 15 anos em novembro de 2023. É conhecido por reunir bandas de rock independente em um ambiente colaborativo e imersivo, com acampamento na natureza, e geralmente acontece de sexta a domingo.

Novíssimos Labs (BA):
O Festival Novíssimos tem como objetivo fomentar e divulgar músicos da cena independente baiana, promovendo conexões entre artistas e mercados de circulação e venda de shows. A sua primeira edição aconteceu em 2021, quando foi realizado um festival digital.

MATE (RS):
O MATE – Música Arte Tecnologia Educação – nasceu em 2016 em Porto Alegre com o objetivo de estruturar e profissionalizar a cena musical gaúcha, amplificando os artistas locais para a cena nacional e internacional.

Latinidades (DF):
O Festival Latinidades é um evento dedicado à cultura negra que acontece há 15 anos em Brasília. Reúne apresentações de diversas vertentes, entre música, dança, teatro e literatura, além de debates sobre economia criativa, educação, empreendedorismo, entre outros temas. Participa da primeira mesa do seminário do Futuração, que aborda a sustentabilidade nos festivais. Em colaboração com o Favela Sounds, construiu a exposição de lambes “Rosas em Vida”.

Favela Sounds (DF):
O Favela Sounds é um festival que surgiu em 2016 com o objetivo de fomentar e acelerar artistas de regiões de alta vulnerabilidade social no Distrito Federal. O evento já realizou mais de 30 oficinas, 40 debates em espaços culturais, 16 atividades em unidades do Sistema Socioeducativo, 110 shows em conexão direta com 17 países da África, Europa e Américas, 1 residência artística internacional (Brasília – Londres) e o Favela Talks.

Amazônia Mapping (AM):
O Festival Amazônia Mapping acontece desde 2013 e se propõe a valorizar artistas do Norte promovendo o intercâmbio com profissionais de outros Estados Brasileiros, possibilitando assim trocas de conhecimento e desenvolvimento. No Futuração, marca presença na Galeria 2, onde apresenta uma proposta imersiva para que o público mergulhe na poética de vários artistas visuais e sonoros da Amazônia.

Se Rasgum (PA):
Sediado em Belém, o Se Rasgum se consolidou ao longo das suas 17 edições, sendo considerado um dos mais importantes do país ao conectar a música da Região Norte com o Brasil e o Mundo. No Futuração, o Se Rasgum se junta ao LabVerde, com quem trabalhou em 2021 o LabSonora, uma imersão na Amazônia.

LabVerde (AM):
Criado em 2013, o LABVERDE é uma plataforma transdisciplinar baseada na Amazônia, voltada ao desenvolvimento de linguagens artísticas sobre o meio ambiente, por meio da organização de residências, palestras, exposições, festivais, workshops e publicações.

Radioca (BA):
O Festival Radioca é um dos principais festivais da Bahia e teve sua 6ª edição em novembro de 2022. O evento tem como objetivo dar visibilidade à cena musical independente da região nordeste e tem como slogan “A música que você ainda vai ouvir”.

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