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5 insights do SXSW Edu 2021 – por Fábio Meirelles

23/03/2021

5 insights do SXSW Edu 2021 – por Fábio Meirelles

por Fábio Meirelles, coordenador de Educação do Oi Futuro

Como a pandemia da Covid-19 ampliou desigualdades e impactou os processos de ensino e aprendizagem? Como utilizar os jogos como ferramentas para engajar estudantes? Como desenvolver a empatia e o pensamento colaborativo nas práticas pedagógicas? Esses foram alguns dos questionamentos provocados pelo SXSW Edu 2021, maior festival de inovação do mundo criado em Austin (EUA) e que em 2021 foi realizado pela primeira vez 100% online.

Acompanhei os três dias de diálogos e separei 5 reflexões que nos ajudam a ter uma perspectiva melhor sobre a educação do futuro:

 

-Engajar, engajar, engajar

Vale tudo: filme de terror, tik tok, games… Vários painéis trouxeram experiências de educadores de diferentes partes do mundo que comprovam que se aproximar do universo dos alunos é a melhor forma de engajá-los, aperfeiçoando os processos de ensino e aprendizagem. O case study do NAVE aprofundou o universo dos games, mas a programação do evento trouxe outros exemplos – como práticas educativas envolvendo aulas de skate.

 

-Criatividade em 1º lugar

Buscando a melhor forma de engajar os estudantes, a criatividade é imperativa. Os educadores precisam ser criativos, seja para planejarem aulas em tempos de ensino remoto, seja para buscarem alternativas divertidas para aproximar os estudantes dos conteúdos. E quando falamos sobre criatividade, estamos falando também sobre diversidade – afinal, experiências diversas estimulam ambientes criativos e experiências criativas estimulam ambientes diversos.

 

– Diversidade e inclusão são imprescindíveis

Muitos painéis da programação trouxeram experiências e reflexões sobre a importância de reconhecer, respeitar e reafirmar as diversidades no ambiente educacional. É necessário estimular as individualidades e singularidades de crianças, adolescentes e jovens, dando espaço para que eles se sintam à vontade para ser quem são. Nesse sentido, a programação trouxe o debate sobre currículos inclusivos e sobre como as escolas podem promover a diversidade, seja por meio de seminários, debates e rodas de conversa, seja respeitando por qual pronome (masculino, feminino ou neutro) cada estudante gostaria de ser tratado.

 

-O território é uma grande sala de aula

Foi declarado o fim da sala de aula como único espaço de aprendizagem. Há muito tempo já ouvimos essa discussão, mas a pandemia acelerou exponencialmente esse processo. Qualquer lugar pode ser local de aprendizado, desde a própria casa do estudante, um jardim, um parque, uma praça, um museu e até a praia. Qualquer contexto pode ser oportunidade para ensinar de uma maneira diferente e que cative a atenção genuína dos estudantes – os educadores devem ter isso em mente ao planejarem suas aulas.

 

– Empatia como base das relações

Transformar a escola num espaço livre de preconceitos. Construir um ambiente em que todos se sintam à vontade para ser quem são. Respeitar às diferenças –sejam elas de gênero, raça, classe, religião… a programação do SXSW Edu 2021 colocou a empatia como elo fundamental na relação entre estudantes, famílias, educadores e escolas. Num contexto de pandemia e ensino remoto, se de um lado os educadores precisam considerar as diferenças socioculturais das famílias e os contextos em que estão inseridos os estudantes; de outro, os estudantes e suas famílias precisam entender e respeitar os limites e desafios dos educadores, que em muitos casos precisaram se adaptar às pressas a esse novo formato de ensino.

 

Como pudemos observar, a criatividade, o engajamento, a diversidade e a empatia são as palavras-chave não só do futuro da educação, mas da construção, no agora, de um futuro melhor por meio da educação.

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