Prontos para decolar, mais uma vez! Na última terça-feira, o Colégio Estadual José Leite Lopes, no Andaraí, Zona Norte do Rio, foi palco do lançamento do NAVE em Órbita II, segunda edição do projeto que oferece uma introdução ao universo da programação e do desenvolvimento digitais, e que contou com mais de 2.200 jovens, de 13 a 16 anos, de todo o Brasil, participando dos cursos em sua primeira versão, em 2024.

O NAVE em Órbita II oferece uma trilha de cursos gratuitos de introdução a ferramentas e conceitos para a criação de games: game design, lógica de programação e desenvolvimento de artes visuais e sonoras para jogos, em duas modalidades de formação — presencial e online —, e já está com inscrições abertas!

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Evento debateu importância do setor de games e contou com oficinas para os adolescentes presentes

Em um debate plural, o evento contou com atores diversos: representantes de parceiros públicos e privados do projeto, desenvolvedores, empreendedores, pesquisadores, entre outros que compuseram as duas mesas da programação. No seu discurso de boas-vindas, a Gerente de Educação, Inovação Social e Comunicação do Oi Futuro, Aline Almeida, agradeceu a presença expressiva dos parceiros do projeto e ressaltou a importância do NAVE para os jovens beneficiados, tanto na cidade do Rio de Janeiro quanto no restante do país, dentro e fora do setor.

“A gente conseguiu desenvolver um programa que não acontece somente aqui, na escola, mas também digitalmente, virtualmente, e que consegue atender a uma demanda de jovens do Ensino Fundamental II de todas as regiões da cidade”, reforçou, na sequência, a Gerente Executiva de Programas, Projetos e Comunicação do Oi Futuro.

Ana Paula Massonetto, Subsecretária de Inovação e Projetos Estratégicos do Rio de Janeiro, ressaltou a importância histórica do projeto das escolas do NAVE para conectar a educação e a inovação desde o seu lançamento, há 18 anos. O Subsecretário Municipal de Ciência e Tecnologia do Rio, Gabriel Medina, destacou os investimentos da prefeitura em tecnologia, sobretudo na implementação de um polo de inteligência artificial, reforçando a importância de desenvolver soluções e gerar empregos no setor de inovação.

Também participaram da abertura Teitiane Oliveira, Analista de Responsabilidade social da Allos; Jessica Raiol, Gerente de RH da Bemobi; Bruno Moreira, sócio da GlobalTera; Rafael Vallaperde, fundador da Lightfarm; e Mariana Soriano, Gerente de Comunicação e Marketing da Nova Rio.

A primeira mesa, “Indústria de Jogos: panorama sobre o ecossistema”, debateu os impactos do mercado de games e as responsabilidades dos desenvolvedores digitais para traçarem abordagens inclusivas e transformadoras no setor. Comandado por Fernanda Sarmento, especialista em educação do Oi Futuro, o debate contou com a participação da cofundadora da Diversigames, Mariana Uchôa; da desenvolvedora de jogos antirracistas, Thaís Xavier; do fundador da Lightfarm, Rafael Vallaperde; e do ex-aluno e atual professor de programação do NAVE, Gabriel Fabri.

“Projetos como o NAVE em Órbita, como o Diversigames, acabam encontrando um caminho para direcionar aquilo (os games) que estava na sua vida como entretenimento para se tornar uma possibilidade de gerar trabalho, renda e formação”, afirmou Mariana Uchôa.

Na segunda mesa, mediada por Elma Leite, Business Partner da Bemobi, os papéis éticos, criativos e técnicos dos criadores de jogos digitais foram o tema, refletindo sobre responsabilidades e caminhos para a criação de jogos digitais que contribuam para o consumo saudável, especialmente para a saúde mental e a segurança de jovens jogadores. A conversa contou com a participação de especialistas como Emanuella Ribeiro, analista de políticas públicas do Instituto Alana; Maíra Moraes, diretora-presidente da MultiRio; Jandê Saavedra, sócio da Double Dash Studios; e Flávia Garcia, professora e pesquisadora da Fiocruz.

“Qual é a relação com a tecnologia na escola que a gente quer ter? O que é inovação para inspirar uma cultura brasileira que faça jogos que nos ajudem a defender uma cultura antirracista e verdadeiramente progressista?”, questionou Emanuella Ribeiro.

A programação contou ainda com uma oficina exclusiva para os adolescentes presentes no evento. Nela, os jovens colocaram a mão na massa para conhecer um pouco mais sobre o universo dos jogos digitais. “Hoje, eu vi que a relação que eles (especialistas) têm com os jogos é muito parecida com a minha. Meu sonho é trabalhar com jogos e ilustrações”, pontuou a estudante do 2º ano de Multimídia do NAVE-Rio, Yasmin Lima.

O NAVE em Órbita é uma experiência adaptada do currículo de Programação Full Stack e de Jogos Digitais do NAVE – Núcleo Avançado em Educação, programa de ensino do Oi Futuro em parceria com as Secretarias de Estado de Educação do Rio de Janeiro e de Pernambuco, e tem como objetivo construir formações de curta duração que desenvolvam habilidades técnicas e atitudinais cada vez mais relevantes para atuar na indústria criativa e digital.

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O projeto NAVE em Órbita II conta com o patrocínio da Prefeitura do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, Ipiranga, Iconic, SulAmérica, Rede D’Or, Allos, Artplan, Eletromidia, Bemobi, GlobalTera e Lightfarm Studios, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS. Além disso, conta com apoio institucional da Nova Rio e da Wilson Sons. A trilha de cursos “Criando Meu Primeiro Jogo Digital”, que compõe o projeto, também é desenvolvida pelo projeto Decola Nave, que conta com o copatrocínio da TCS, apoio da Bemobi, da Wilson Sons e do Governo Federal, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet. Todos esses parceiros integram a Aliança NAVE, uma rede de impacto na educação que busca inspirar políticas públicas e ampliar o ensino de qualidade no país.