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“Arte, Cidade e Patrimônio”: nova exposição do Oi Futuro

26/05/2021

“Arte, Cidade e Patrimônio”: nova exposição do Oi Futuro

O Centro Cultural Oi Futuro inaugura hoje, dia 26, a exposição coletiva “Arte, Cidade e Patrimônio: futuro e memórias das poéticas contemporâneas”, que reúne 10 artistas brasileiros sob curadoria de Adriana Nakamuta. Representando seis estados brasileiros com obras em diversas plataformas, a nova exposição ocupa todos os andares do Centro Cultural, que fica no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro.

“Arte, Cidade e Patrimônio: Futuro e Memória nas Poéticas Contemporâneas” ficará  em cartaz até 25 de julho e vem acompanhada de um catálogo-livro que fará parte da coleção Arte e Tecnologia do Oi Futuro. Haverá também atividades paralelas à exposição, como palestras, conversas, vídeo-depoimentos dos/das participantes sobre seus trabalhos e visitas mediadas virtuais.

As/os artistas participantes da”Arte, Cidade e Patrimônio: Futuro e Memória nas Poéticas Contemporâneas” apresentaram uma produção inédita em suportes e linguagens diversos, contemporâneos, múltiplos, mas conectados com a cidade e suas diversas esferas de patrimônio, tendo como inspiração a cidade do Rio de Janeiro – primeira Capital Mundial da Arquitetura, sede do Congresso Mundial de Arquitetos 2021 e Patrimônio Cultural Mundial na categoria Paisagem Urbana, ambos títulos concedidos pela Unesco.

Segundo a curadora Adriana Nakamuta as peças “trazem para o espaço expositivo do Centro Cultural Oi Futuro a materialidade da arte contemporânea e ativam as experiências visuais em sua diversidade, para a construção e a reconstrução de memórias e redes de relações com o patrimônio e o território das cidades brasileiras”. A exposição tem o patrocínio da  Oi, Governo do Estado do Rio de Janeiro e Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

A visitação é gratuita e segue todos os protocolos de segurança sanitária previstos pelos órgãos responsáveis.  A exposição fica aberta de quarta a domingo, das 12 às 18 horas. As visitas são divididas em três horários e devem ser agendadas previamente. Um grupo de no máximo 30 pessoas é permitido por horário no Centro Cultural, o que pode impactar na disponibilidade de vagas. O agendamento pode ser feito por este link  ou pelo telefone (21) 3131-3060.

 

Conheça quem compõe a exposição:

BEATRIZ RAUSCHER: Artista mineira, professora e pesquisadora em poéticas visuais da Universidade Federal de Uberlândia. Seu trabalho questiona o patrimônio histórico e cultural pelo viés do valor natural, a partir das palmeiras imperiais como elemento da tradição e história cariocas. A instalação “Distinção e poder” enfileira 178 mudas deste tipo de árvore  sobre um banco, desenhado em forma sinuosa, que se “oferecem” em adoção. Este é o número de palmeiras da Rua Paissandu, no bairro do Flamengo, RJ. Projetado sobre o telão de LED do espaço, o diaporama “Promenade tropical”, projeção de fotos de diferentes alamedas de palmeiras feitas em 2019 em bairros da zona sul e no centro da cidade.

CLARA CAVENDISH: Pintora carioca, participou da exposição “Como vai você geração 80”, em 1984, no Parque Lage. Suas telas de “Rio em Postais” reproduzem flashes de um Rio de Janeiro
turístico. Essa série de pinturas confronta visões da malha urbana, envolvendo as populações e seus habitats improvisados das comunidades, com a vegetação dos morros, a geografia carioca e o
diálogo da produção arquitetônica neste contexto.

CLAUDIA RENAULT: Mineira, curadora e professora da Escola Guignard da Universidade Estadual de Minas Gerais, trabalha com a memória e a  materialidade dos elementos construtivos. Com “Solidão, Esquecimento e Vestígio”, Renault traz uma arqueologia urbana dos becos, ruas e lugares esquecidos, recolhendo matérias-primas originalmente utilizadas em construções, edificações e ornamentações das cidades. A artista mostra aqui restos de janelas, portas e troncos recolhidos no espaço urbano, redefinidos na sua instalação.

DENILSON BANIWA: artista do povo indígena Baniwa, natural do Rio Negro. Vive e trabalha entre Amazonas e Rio de Janeiro. Seus trabalhos mesclam referências tradicionais e contemporâneas. Em “Repovoamento da memória de uma cidade-floresta”, lambe-lambes
que ocupam duas paredes em L, o artista traz o movimento do sopro de um pajé para reestruturar e ressignificar o lugar dos povos formadores na construção de memórias coletivas e de identidades
culturais.

GUTO NÓBREGA: artista visual e professor da Escola de Belas Artes da UFRJ,  investiga a intersecção de arte e ciência. Ele chama a atenção para a realidade vegetal da nossa memória, necessária ao futuro. Guto associa o vegetal, o natural e o artificial na instalação “Encantamento para  4ª dimensão”, fazendo uma confluência entre realidades hiperconectadas.

LUCAS LANDAU: Fotógrafo carioca, autor da foto que viralizou no Ano Novo 2020/2021, de uma Praia de Copacabana quase deserta. Ele tem um olhar sensível às questões sociais e afetivas que envolvem o campo da arquitetura, das cidades e do patrimônio. No vídeo “Matermônio”, Landau desconstrói a definição de patrimônio como “herança paterna”, no propósito de uma construção coletiva que ressignifique o feminino no campo do patrimônio.

MARIANA GUIMARÃES: Artista carioca, educadora e pesquisadora de arte no Colégio de Aplicação da UFRJ. Ela apresenta a instalação “Caquinhos”, composta por cerca de 7.000
fragmentos de demolição, coletados nas ruas e caçambas da cidade do Rio de Janeiro. Mariana redesenha, pelo viés do descarte e da substituição do ambiente interno construído, a poética visual de uma narrativa de vidas.

MAURÍCIO POKEMON: Artista visual, natural de e residente em Teresina, Piauí, tem em sua produção a construção de narrativas visuais de questões urbanas, como a gentrificação e a especulação imobiliária. Pokemon parte do estudo do movimento do corpo como poética significativa para o debate sobre memória e identidade.  Da série “Braço Nacional”, ele mostra nesta exposição um políptico de 48 registros dos movimentos corporais de Idalina e Seu Cidinha,
piauienses que vieram trabalhar no Rio de Janeiro. É o coroamento simbólico das memórias de um patrimônio nacional construído por trabalhadores nordestinos que migram para outras regiões em
busca de uma suposta vida melhor.

THIAGO HONÓRIO: artista mineiro, radicado em São Paulo, professor da Fundação Armando Álvares Penteado. Transitando da matéria ao material, da extração do pictórico, Honório esquadrinha uma geometria de texturas em “Pintura de parede”, com lixas gastas usadas na pintura das paredes da residência do artista. Este conjunto de pinturas se dá pela extração de matéria e não pela adição de tinta. Seu trabalho nos conecta com o ato de restaurar edifícios históricos e de remover as múltiplas camadas que os revestem.

THIAGO MARTINS DE MELO: artista de São Luís do Maranhão, residente em São Paulo. Na animação stop motion (4” loop) desta exposição, “A queima do tempo do conhecimento” trata do incêndio do Museu Nacional do Rio de Janeiro sob duas faces: Luzia (o fóssil humano mais antigo da América do Sul) e Dom Pedro II. O trabalho coloca em evidência as lutas travadas por territórios e poder. Lembra-nos que toda ação de preservação é também um ato político, em que vidas e histórias compõem batalhas na teatralização da memória e na projeção do futuro.

 

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