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‘A poesia é universal’: poetisa Joelle Taylor faz residência na Flip

10/07/2019

‘A poesia é universal’: poetisa Joelle Taylor faz residência na Flip

A Flip – Festa Literária Internacional de Paraty 2019 começa hoje e foi um dos festivais selecionados no Programa Pontes, edital do Oi Futuro em parceria com o British Council para fomentar festivais brasileiros e promover a produção artística britânica no Brasil. Como parte de sua programação incentivada pelo Programa Pontes, a Flip ofereceu, desde o início de julho, oficinas de formação para jovens paratienses que incentivam a poesia performática, tendo como referência a cultura britânica de slam. A atividade faz parte do Programa Educativo da Flip na Biblioteca Comunitária Casa Azul, localizada na Ilha das Cobras, e foi comandada por Roberta Estrela D’Alva e pela britânica, Joelle Taylor.

Joelle é uma premiada poetisa, dramaturga e autora britânica e, em 2001, fundou a SLAMbassadors UK, campeonato juvenil de slam no Reino Unido. Desde então, trabalha com milhares de jovens britânicos anualmente e aborda a temática de problemas sociais e do poder da poesia para transformar a vida dos jovens. Acompanhamos as oficinas e conversamos com Joelle sobre sua residência artística na Flip. Confira:

O que você está levando do Brasil após essa oficina? Qual é o maior legado dessa residência artística no Brasil?

Acho que o maior legado é que a poesia é uma linguagem universal. Apesar do meu idioma ser diferente do idioma dos participantes, o slam é uma linguagem internacional. É uma poesia literal, mas também metafórica e com muita energia. Em inglês ou em português, o slam é forte, rápido e enérgico, diferente de um solo de poesia.

Qual é a maior dificuldade em dar um workshop de slam em outro idioma?

A maior dificuldade é não conseguir falar diretamente com os participantes da oficina. A tradutora é ótima, mas não deixa de ser um interlocutor. Queria conseguir falar diretamente com eles.

Algumas dicas para quem está começando a se arriscar nos slams?

A primeira dica é: leia. Leia muito. E escreva muito também. Escreva todo dia. A segunda dica é: finja que sua caneta é uma câmera e mostre para o mundo o que está na sua cabeça. Você tem poucos minutos para passar sua mensagem, então deposite toda sua energia.

De que forma o slam pode transformar o mundo?

Vá para casa, pegue sua caneta, um papel e comece a escrever. A poesia te faz pensar com profundidade sobre os problemas que você deseja abordar e o slam faz você falar sobre eles. Falar e ouvir, porque mais importante do que falar é ouvir e ser ouvido. E tudo começa com uma caneta.

 

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