Levada: sete anos na cena da MPB independente
03/10/2018
Criado para o Oi Futuro com o objetivo de dar visibilidade a músicos independentes, o Festival Levada realizou sua 7ª edição levando ao público carioca as novas tendências do cenário sonoro nacional. Nesta temporada, 12 artistas de todas as regiões do país passaram por palcos na Zona Sul, Centro e Zona Norte do Rio de Janeiro.
Ao longo de sua trajetória, o Festival Levada apresentou cerca de 100 artistas e atraiu um público de mais de 12 mil pessoas. Nomes como Baiana System, Metá Metá, Carne Doce, Ian Ramil e Letrux são alguns exemplos de artistas que passaram pelos palcos do festival.
“O Levada foi criado para o Oi Futuro, um festival que já nasceu afinado com nossa visão de fomentar a inovação no campo da música e dar voz a uma novíssima geração de artistas de todas as regiões do país. O projeto chega agora à maturidade como uma importante plataforma de lançamentos de novos talentos, para além da Zona Sul carioca, e segue reverberando o propósito do Oi Futuro, que é atuar como um catalisador criativo, impulsionando pessoas através das artes, estimulando a produção colaborativa e abraçando a cidade por meio da cultura”, diz Roberto Guimarães, gestor de Cultura do Oi Futuro.
Para Jorge Lz, curador do Levada, é importante o recorte da exuberante produção brasileira do século 21. “O Levada segue na sua busca de mapear a música brasileira contemporânea, revelando o excelente momento que atravessamos”.
Agora, o som continua com o Levada +. Serão 4 apresentações gratuitas no estúdio do LabSonica, no Lab Oi Futuro. O “Levada +” vai misturar shows e workshops para falar de música independente. Como as vagas são limitadas, o público precisará fazer a inscrição previamente, sempre a partir de 10h da véspera de cada show. Além dos shows, os inscritos que comparecerem aos eventos poderão participar de um bate- papo com os artistas do dia e curtir o som de DJs no warm up.
Confira a programação completa do Levada+:
Atønito [ SEXTA – DIA 5 ]
O trio instrumental formado por Cuca Ferreira (sax barítono), Loco Sosa (bateria) e Rodrigo Fonseca (baixo) faz um mix de freejazz, indierock e tem influências vindas de John Contrane e Thiago França. O disco, cujo som segue gêneros como jazz, música instrumental brasileira e urbana, além do afrobeat, será lançado aqui no Levada + na abertura, dia 5.
Inscreva-se aqui: https://www.sympla.com.br/levada-atnito__373326
K▲STR▼P [ SEXTA – DIA 12 ]
É a vez do instrumentista, percussionista e produtor musical carioca Kastrup, responsável pelo mais recente disco da cantora Elza Soares. Ele traz músicas de seu segundo álbum autoral, “Ponto de Mutação”, obra inspirada pela visão sistêmica presente no livro homônimo de Fritjof Capra, além de canções de seus outros álbuns como os famosos “Kastrupismo” (2013) e “Sons de Sobrevivência” (2014).
Transmute-se: http://bit.ly/pontodemutacao
Craca e Dani Nega [ QUARTA – DIA 17 ]
A dupla carioca, conhecida por sua junção heterodoxa de hip-hop e música eletrônica, é a penúltima atração do “Levada +”. Com o repertório do último trabalho “O Desmanche”, o duo une rap e eletrônico. Inclusive, a cantora é considerada por BNegão como “uma das maiores letristas da música brasileira contemporânea”. As canções seguem a linha música e identidade, música e resistência, música e militância para colocar abaixo conceitos, preconceitos e chamar a atenção para injustiças sociais.
Maria Beraldo [ SEXTA – DIA 26 ]
Encerrando a programação do “Levada +”, temos a cantora, compositora e clarinetista Maria Beraldo com o show de lançamento do seu álbum de estreia “Cavala” (2018, Risco). O som tem camadas de ruídos eletrônicos, diálogos com o jazz e versos orientados pela profunda sensibilidade dos temas. Mesmo sendo vendido no texto da apresentação da obra como o “grito de liberdade de uma mulher lésbica“, o trabalho transborda a alma feminina sem rótulos e faz um passeio pelas descobertas da cantora.