Tem novidade no Futuros – Arte e Tecnologia para fechar o ano! Festival símbolo da música experimental e de sonoridades expandidas, considerado o mais relevante em seu nicho em toda a América do Sul, o Novas Frequências celebra o “Riso Ritual” e as múltiplas dimensões do Carnaval em sua 13ª edição.

A programação do festival reúne 45 artistas e contempla shows e performances em diferentes territórios da cidade do Rio de Janeiro – Realengo, Maré, Tijuca, Gamboa, Flamengo, Centro e Cosme Velho. Para o Futuros – Arte e Tecnologia, o festival traz seminário, laboratório imersivo com artistas em início de desenvolvimento de carreira e uma exposição de arte que ocupa o térreo e as três galerias entre os dias 6 e 22 de dezembro. No dia 6, a estreia acontece às 17h.

A exposição do festival no Futuros – chamada ‘Séculos de gritos / Milênios de ritos’ – versa sobre a ancestralidade e a interação comunitária do Carnaval sob diferentes aspectos, aproximando turmas de bate-bola, as tias do samba e os icônicos blocos Cacique de Ramos e Ilê Aiyê. Desta forma, a exposição evoca a energia da libertação trazida pelos seculares gritos de luta, os vibrantes gritos de festas, e os transgressores gritos de brincadeiras por meio de instalações inéditas de Caio Rosa, Levante Nacional TROVOA, Tiganá Santana e um trio formado por Ana Lira, Nathalia Grilo e Alexandre Fenerich.

Confira abaixo um pouco mais sobre cada uma delas:

Ana Lira, Nathalia Grilo, Alexandre Fenerich: Nos embalos da Tamarineira, Mamãe eu vou Caciquear!
Instalação sonora que concebe o improviso como o chão que acolhe as ideias trocadas entre os artistas e demais aldeões do Grêmio Recreativo Cacique de Ramos com o trio de artistas conectados pelo Novas Frequências. Os frutos das sonoridades Caciqueanas são aqui celebrados em diversas esferas: do quintal ao desfile, sendo o clima de bastidores a energia do espaço e as as cores tradicionais da agremiação: preto, vermelho e branco.

Caio Rosa: Visões do Luvemba*
A pesquisa e a série buscam construir pontes entre a cultura Bate-bola, nascida nos subúrbios do Rio de Janeiro e as culturas tradicionais centro-africanas que se mantêm vivas até hoje em nossa diáspora e no continente. A vídeo-instalação acompanha algumas turmas durante os últimos 4 anos, entre a Zona Oeste e a Zona Norte carioca, mostrando parte do processo de produção das fantasias, a intenção de seus integrantes em desconstruir o estereótipo violento relacionado à cultura, o êxtase e o rito durante o carnaval, relacionando-as à cosmogonia Bakongo, presentes nos povos Angola/Congo, que são uma das matrizes que fundamentam essa que é uma das mais ricas manifestações culturais do sul global nos últimos 90 anos.

Levante Nacional TROVOA: Na Ginga do Estandarte
O Levante Nacional Trovoa, a convite do Festival Novas Frequências 2023, concebeu uma videoinstalação que traz como poética as vivências de três senhoras: Betinha, Guesinha e Jura. “Na Ginga do Estandarte” propõe a ideia de legado através de um viés sensível, partindo de encontros de gerações de mulheres que convidam o espectador a mergulhar no universo do samba atravessando uma avenida de histórias.

Tiganá Santana: Ilês, Aiyês, Carnavais e Ancestrais
A obra “Ilês, Aiyês, Carnavais e Ancestrais”, do artista Tiganá Santana, configura- se como uma instalação sonora em diálogo com uma expografia perfilada por tecidos (amarelos, vermelhos, pretos e com estampas do bloco afro Ilê Aiyê), palhas-da-costa, esteiras, tambor, num conjunto de significados e materiais que homenageiam o primeiro bloco afro do Brasil, o Ilê Aiyê, fundado em Salvador no ano de 1974, a partir de um Terreiro de Candomblé, o Ilê Axé Jitolu. A peça sonora, composta pelo artista e gravada na capital da Bahia, conta, em suas texturas e camadas, com a participação de percussionistas do bloco e do grupo BaianaSystem, sinalizando, estética e tecnologicamente, que as complexas invenções, estratégias e inteligências negras estiveram (estão e estarão) como proposição nos diversos tempos e de múltiplas formas.

Novas Frequência no Futuros – Arte e Tecnologia
De 6 a 22 de dezembro
De quinta a domingo, das 11h às 20h (a estreia, no dia 6, acontece às 17h)
Entrada franca

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A programação do Novas Frequências está recheada, com oportunidades gratuitas por toda a cidade. Entre no site do festival e confira!