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O TEATRO DE MOACIR CHAVES: Um nome de peso na cena contemporânea brasileira

01/07/2015

O TEATRO DE MOACIR CHAVES: Um nome de peso na cena contemporânea brasileira

Carioca, 50 anos, fez o curso de formação de ator na Escola de Teatro Martins Pena, em 1983, e. formou-se em Artes Cênicas, com especialização em Teoria do Teatro, pela UniRio. Iniciou a carreira de diretor à frente do grupo Cite-Teatro, fundado com a atriz Denise Fraga, montando trabalhos para escolas públicas e particulares do Rio de Janeiro. Ao longo de uma trajetória vitoriosa, Moacir Chaves dirigiu espetáculos premiados, como “Bugiaria” e “A Negra Felicidade”, de sua autoria, “A Lua Vem da Ásia”, de Campos de Carvalho, “Sermão da Quarta-feira de Cinza”, do Padre Antônio Vieira, “Inutilezas”, com poemas de Manoel de Barros, “Utopia”, de Thomas More, “Por Um Fio”, de Drauzio Varela, “Ovo Frito”, de Fernando Bonassi e “Por Mares Nunca Dantes”, de Geraldo Carneiro, além de clássicos como “Macbeth”, “O Jardim das Cerejeiras”, “Fausto”, “Rei Lear” e “Don Juan”. Em julho, chega ao palco do Oi Futuro Flamengo, o esperado “2500 por hora”, mais uma direção de Moacir Chaves. Como não poderia deixar de ser, é um espetáculo sobre teatro. Baseado no texto original de Jacques Livchine, diretor do Théâtre de l’Unité, grupo fundado em 1968 e sediado em Audincourt, França, pretende contar, em pouco mais de uma hora, parte da história dos 2.500 anos do teatro.

 

OF. Ao longo de sua carreira, você dirigiu espetáculos premiados e reconhecidos por uma dramaturgia e encenação não convencionais. O que representa o Teatro para você?

 

MC. Teatro, para mim, é o lugar do encontro, da divisão de experiências, da reflexão sobre a vida, do prazer. Sempre gostei de teatro, sempre fui muito ao teatro. O teatro é o lugar em que não me sinto só, em que encontro refúgio, esteja onde estiver. A primeira coisa que procuro, quando estou fora do Rio, no Brasil ou no exterior, são os teatros das cidades que visito. Eu me sinto triste e vazio quando estou em uma cidade em que não há teatro.

 

OF. O Oi Futuro Flamengo está completando dez anos de atividades, qual o papel do centro cultural na vida artística da cidade?

 

MC. O Oi Futuro Flamengo é uma referência fundamental, em termos culturais, na cidade do Rio de Janeiro. Além de ser um ponto de convergência de ideias e práticas artísticas, é um lugar em que gostamos de estar. É a segunda casa de uma enorme população em uma área da cidade carente de lugares destinados à cultura, ao pensamento, aos prazeres da arte e do espírito.

 

OF. O que fica na sua memória desses 2.500 anos de Teatro?

 

MC. Deveria dizer que ficam na minha memória as grandes experiências que tive como espectador de teatro. Entretanto, quase todas as lembranças de minha vida estão essencialmente ligadas a teatro. Raro é o lugar que não conheci graças ao teatro, raras são as pessoas que não conheci através do teatro. Nossos filhos, meus e da Monica Biel, atriz e idealizadora do projeto 2500 por hora, apesar de ambos terem optado por estudar engenharia, serão sempre filhos do teatro.

 

OF. Você é um dos jurados do Prêmio Shell, como é julgar o trabalho dos colegas?

 

MC. Uma premiação de teatro não é um julgamento. É apenas uma escolha feita por um grupo heterogêneo de pessoas. No Prêmio Shell, são cinco os jurados. De toda forma, selecionar os indicados dos semestres e, posteriormente, os vencedores em cada categoria, é sempre muito difícil, trabalhoso e doloroso, por todos os excelentes trabalhos que temos que deixar de fora a cada indicação e premiação.

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