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OI FUTURO APRESENTA O ESPETÁCULO “PEH QUO DEUX”, QUE UNE DANÇA CONTEMPORÂNEA E TEATRO DE BONECOS

09/01/2014

OI FUTURO APRESENTA O ESPETÁCULO “PEH QUO DEUX”, QUE UNE DANÇA CONTEMPORÂNEA E TEATRO DE BONECOS

A PeQuod, companhia de teatro de bonecos e animação, uma das principais do país, que completa 15 anos de atividade em 2014, reafirma seu desejo de inovar a linguagem do gênero e mostrar, entre outras coisas, que ele não se destina apenas a entreter o público infantil. Após montagens memoráveis como “Peer Gynt”, de Henrik Ibsen, mesclando bonecos e atores; “Sangue Bom”, uma aproximação do teatro de bonecos com o cinema; “Marina”, baseada no conto “A Sereiazinha”, de Hans Christian Andersen, encenada em aquários de mais de uma tonelada, e “A Tempestade”, um misto de técnicas de animação a serviço do clássico de William Shakespeare, a PeQuod apresenta, pela primeira vez, um espetáculo de DANÇA.

Peh Quo Deux, o novo espetáculo da companhia, reúne cinco artistas importantes da dança contemporânea em torno de uma mesma ideia. Partindo dos temas propostos pelo escritor italiano Italo Calvino em seu livro “Seis Propostas para o Próximo Milênio”, o diretor Miguel Vellinho convidou os coreógrafos Bruno Cezario, Cristina Moura, Marcia Rubin, Paula Nestorov e Regina Miranda para criar pas de deux para bonecos e objetos animados. A cada um deles coube um dos temas abordados por Calvino: a multiplicidade ficou com Paula Nestorov; a visibilidade, com Regina Miranda; Cristina Moura assumiu a exatidão; Marcia Rubin, a leveza; e Bruno Cezario, a rapidez.

O novo projeto é fruto da constante pesquisa da PeQuod em torno das técnicas de manipulação e a tentativa de recriar a movimentação humana através de seus bonecos. “A certa altura, a investigação da movimentação cotidiana nos pareceu sem grandes atrativos, ainda que não tivesse sido esgotada. A partir daí, buscamos um trabalho que libertasse a companhia da simples gestualidade do dia a dia, e nos conduzisse a um estudo do movimento poético, o que nos levou à Dança. Assim nasceu o projeto PEH QUO DEUX, um trocadilho com o nome da companhia e pas de deux.”, diz o diretor Miguel Vellinho.

Vellinho sempre se sentiu atraído pela obra de Calvino e esperava pela oportunidade de criar um espetáculo a partir dela. Ele enviou aos coreógrafos as propostas do livro (que são cinco, apesar do título). As escolhas levaram em conta as características de cada um, suas trajetórias e seus perfis  – “Começamos então um processo de troca, experimentação e risco, que durou seis meses de trabalho árduo” – lembra o diretor.

 

Sobre os coreógrafos

 

Paula Nestorov | multiplicidade

Iniciou os seus estudos em 1970 no Ballet Dahlal Ashcar/ Ballet do Rio de Janeiro. A partir de 2005, em parceria com Cristina Souza, deu início ao Mikrofilmes, um projeto coreográfico em miniatura feito com papel, instrumentos de traço e cor, mesa de luz, câmera fotográfica e programa de edição. Dentre as suas criações destacam-se “Danças de Porão” (2002/2003), “Movente” (2006/2007) e o solo “Dança” (2008), para ser dançado por qualquer um, em qualquer lugar, a qualquer momento.

 

Regina Miranda | visibilidade

Bacharel em Arte (Teoria da Dança) pela State University of New York, Pós-Graduação em Análise Laban pelo Laban/Bartenieff Institute, de NYC, e Mestrado em Ciências, pela Ken Blanchard School of Business/Grand Canyon University. Criou e dirigiu mais de 40 obras de teatro, dança e música cênica: “Divina Comédia” (MAM, 1991), “A História do Soldado” (CCBB, 1995), “Fundo Infinito” (Teatro Municipal RJ, 1997), “Quartos de Aluguel” (Sede da Companhia, 2002), “Pernas Vazias” (SESC, 2003), “Concertos de Cabaret” (CCBB, 2003), “Orfeu” (Parque Lage, 2005), “Desfigura” (SESC, 2006), “Variações Freudianas” (Casa Laura Alvim, 2011) e “Abram-se os Histéricos” (2012, Espaço Tom Jobim).

 

Cristina Moura | exatidão

Diretora de espetáculos de teatro e dança contemporânea, coreógrafa e intérprete. Integrou o Grupo EnDança de Brasília por 10 anos. Entre 1996 e 2003 trabalhou com as Companhias Mudances de Angels Margarit(Espanha), L’Esquisse de Bouvier/Obadia (França) e Les Ballets C. de la B. de Koen Augustjenen e Alain Platel(Belgica). Desde 2003 integra o Coletivo Improviso, dirigido por Enrique Diaz de quem é colaboradora nos espetáculos “Ensaio.Hamlet” (2004), “Gaivota – Tema Para um Conto Curto” (2006) e “OUTRO” (2010). Em 2007 co-dirigiu a atriz Malu Galli em Diálogos com Molly Bloom, de Sanchis Sinistierra. Esse ano criou e dirigiu o espetáculo de dança e teatro “PHILODENDRUS”.

 

Marcia Rubin | leveza

Formada pela Escola Angel Vianna e Especialista em Arte e Filosofia pela PUC Rio, já teve duas indicações para o Prêmio Shell, em 2005 e 2008, e ganhou a edição 2011, categoria especial, por seu trabalho de direção de movimento dos espetáculos “A Lua Vem da Ásia”, “O Filho Eterno”, “Escola de Escândalo” e “Outside”. Com a sua companhia destacam-se “Larga Tudo e Vem”, 2009; “Quase Como se Fosse Amor”, 2008; “Daqui pra Frente”, 2006; “Tempo de Valsa”, “Delicado com Elegância”, 2005; “A Paisagem Daqui é Outra”, 2002, e “Tudo que Eu Nunca te Disse”,1998. Outros trabalhos como diretora de movimento foram “Adultério”, direção de Daniel Herz; Macbeth, direção de Aderbal Freire Filho; “Inverno da Luz Vermelha”, direção de Monique Gardenberg e Marlene Dietrich, “As Pernas do Século”, direção de William Pereira. Mais recentemente estreou espetáculo “Enquanto Estamos Aqui” e assinou a direção de movimentos da peça “Incêndios”.

 

Bruno Cezario | rapidez

Como bailarino participou de diversas companhias como a Ballet du Grand Théâtre de Génève – Suíça (2001/2004), o Corpo de Baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro – Brasil (1997/2001), Renato Vieira Cia de Dança – Brasil (1995/2001), 1º bailarino da Companhia Nacional de Dança – Nacho Duato – Espanha (2007/2008), Ballet de l’Opera de Lyon – França (2005/2007) e Culberg Ballet – Suécia (2004/2005). Recebeu os prêmios Você e a Dança (1999) e o Prêmio Rio Dança (2000). Como coreógrafo, assinou diversos trabalhos, entre eles “Rizoma” (2011) – Renato Vieira Cia de Dança; “Plástico” (2010) para a Companhia Nacional de Dança – Costa Rica e “Amores Raros” (2010) – filme de Tania Lamarca. Recentemente voltou ao Theatro Municipal do Rio para dançar “L’Aprés-midi d’un faune” e atuou no filme “Ensaio”, de Tania Lamarca.

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