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Saiba o mais sobre o universo onírico de “MAKURU – um musical de ninar”

17/08/2017

Saiba o mais sobre o universo onírico de “MAKURU – um musical de ninar”

Peça infantil está em cartaz no Oi Futuro do Flamengo até o próximo dia 27.

As cantigas de ninar fazem parte das nossas mais remotas lembranças da primeira infância. Com elas, vem à tona uma série de figuras e personagens do folclore brasileiro, que por muitas vezes ficam esquecidas. Um dos principais objetivos de “MAKURU – um musical de ninar” é relembrar alguns desses nomes e apresentá-los de forma vibrante à plateia.

Na história criada e dirigida José Mauro Brant, o menino Makuru e a sua família – que sofre para conseguir fazê-lo dormir – não sabem que em cima do telhado de sua casa vivem seres estranhos, tais como a Murucututu, a Tutu e o João Pestana. Juntos, esses seres tentam a todo custo serem lembrados pela família, que recorre às velhas cantigas. O espetáculo conta com direção musical, música original e arranjos de Tim Rescala.

Quem são os seres oníricos de MAKURU

De acordo com Brant, cada pessoa da família de MAKURU tem uma ligação com um personagem: “A Murucututu é uma lembrança indígena que vem nos sonhos das avós em forma de coruja, a Tutu é uma lembrança africana que vem nos sonhos da babá e o João Pestana é a relação com o pai, que vai a Portugal lembrar dos seus antepassados”, explica.

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A Murucututu é uma coruja que vive na Amazônia e é conhecida como “ave sonolenta”. Na crença popular, o Murucututu ajuda as crianças a dormirem emprestando seu sono a elas, como diz a cantiga:

“Murucututu lá na beira do telhado, leva esse menino que não quer dormir calado. Murucututu me empresta teu sono para fazer esse menino dormir”

Tutu é descrito como um monstro, um tipo de bicho papão. Muito popular no Norte e no Nordeste do país, sua figura seria uma sombra com grandes dentes e olhos, com apetite especial para crianças que dormem tarde. O Tutu odeia música e, para afastá-lo, é só cantar uma música de ninar!

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Já João Pestana, ao contrário de seus companheiros, é o único ser aguardado com ansiedade pelas crianças. De acordo com a mitologia portuguesa, João Pestana representa a chegada do sono, que acontece somente quando há silêncio total. Ao menor barulho, João Pestana foge. Quando ele finalmente chega, os olhos das crianças se fecham e as pestanas se juntam. Dessa forma, os pequenos nunca conseguem vê-lo, o que aumenta o mistério e dá ainda mais graça à lenda.

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Bonecos ajudam a construir o universo da cultura popular retratado na peça

Para dar forma a todo esse imaginário, “MAKURU – um musical de ninar” conta com o trabalho de Bruno Dante – criador dos bonecos e adereços que têm papel fundamental na trama. É uma forma lúdica de ressaltar a importância da memória na construção da nossa identidade e uma cara nova a histórias da nossa cultura popular que muitas vezes não são passadas para as novas gerações.

Dante é um escritor e artista visual carioca que escreve e ilustra os próprios livros que, assim como Makuru, são voltados para o público infantil. No teatro, já produziu bonecos para as peças como O Gigante Egoísta de Oscar Wilde,  O Grande Circo Místico, Os Contadores, Marina, Peh Quo Deux e Bossa Novinha – A festa do pijama.

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