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Contemporaneidade na versão cênica de Renato Rocha para Moby Dick

07/06/2019

Contemporaneidade na versão cênica de Renato Rocha para Moby Dick

Dramaturgia cruza texto da obra 'Moby Dick' com experiências do elenco, abordando questões atuais. Foto: Divulgação

Na última quinta-feira (6) o Centro Cultural Oi Futuro recebeu a estreia do espetáculo “Eu, Moby Dick”, com dramaturgia de Pedro Kosovski.  Com referência ao clássico de Herman Melville, a versão cênica de Renato Rocha  pretende, para além de narrar a perseguição da baleia, destacar os personagens, seus conflitos e reflexões por meio de uma narrativa aberta e subjetiva a partir de questões fundamentais do livro como obsessões, medos e ambições.

“O espetáculo pretende navegar nas mesmas metáforas que Melville traz em seu livro, tendo uma linguagem artística mais universal e aberta que não se prenda a uma dramaturgia linear onde o espectador seja refém de um entendimento intelectual, mas sim um processo criativo em que a partir das metáforas extraídas fale sobre temas relevantes da contemporaneidade e trace um olhar profundo sobre o sujeito contemporâneo”, comenta Renato Rocha.

Para isso, o elenco, formado por Márcio Vito, Gabriel Salabert, Kelzy Ecard e Noemia Oliveira tem o desafio de alternar entre os diferentes personagens de forma que todos representem simultaneamente o narrador Ismael,  Capitão Ahab, o arpoador Queequeg, a baleia Moby Dick e o próprio navio Pequod.

“Para trazer uma atuação mais próxima da performance e menos teatral, a ideia é se concentrar nas metáforas e características de cada personagem e de como cada artista se relaciona com isso. Aqui o mais importante é o equilíbrio do quanto oferecemos de entendimento ao espectador e o quanto o deixamos ‘perdido’ para que cada um crie suas próprias associações”, explica.

A peça é uma obra de poesia visual que levará o público a uma experiência imersiva, multimídia e sensorial. Bia Junqueira assina a instalação cênica inspirada na ideia dos destroços do Pequod relacionando-o com o ambiente em que vivemos socialmente, contribuindo às projeções em vídeo mapping dos subconscientes dos personagens e suas emoções e pensamentos. Cadeiras plásticas compõem a instalação situada no teto do teatro, que remete à ossada da baleia que marca sua presença sobre público.

A peça está em cartaz no teatro do Centro Cultural Oi Futuro de quinta à domingo, às 20h, até 28 de julho.  

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