A programação cultural do Oi Futuro foi aclamada com a indicação de três peças que estiveram em cartaz no Teatro Oi Futuro. As peças aclamadas pelas indicações foram “Eu, Moby Dick”, “Os Desajustados” e “Antes Que A Definitiva Noite Se Espalhe em Latino América”. 

A peça “Eu, Moby Dick”, que ainda permanece em cartaz no Centro Cultural, recebeu duas indicações para Melhor Cenografia e Melhor Figurino. A versão cênica do clássico de Herman Melville é uma obra de poesia visual que provoca ao público uma experiência imersiva, multimídia, e sensorial. A instalação cênica, assinada por Bia Junqueira, é inspirada nos destroços de Pequod, o navio, e relaciona-se com as narrativas pertinentes ao momento atual que vivemos socialmente. Sob o público, cadeiras plásticas compõem a instalação que, no teto do teatro, remete à ossada da baleia, acentuando sua presença. Projeções em vídeo contribuem ao aguçar os sentidos do público e provocar reflexões acerca dos subconscientes dos personagens. 

As projeções são aproveitadas também nos figurinos, que são trazidos em tons brancos, neve, gelo e creme fazendo com que os atores se tornem também superfícies a serem exploradas pela projeção. Tarsila Takahashi é a responsável pelo conceito por trás da vestimenta e pelo uso de materiais que lembram o universo baleeiro, como aplicações com cordas e redes, pedaços de metais, anzóis, arpões, etc.

Felipe Hirsch recebeu a indicação de “Melhor Direção” pela obra “Antes Que A Definitiva Noite Se Espalhe em Latino América”, que contou com dez renomados autores latino-americanos, que tiveram liberdade de forma e tema para escrever os textos. Em “Os Desajustados”, o roteiro de Luciana Pessanha recebeu a indicação de “Melhor Texto Nacional Inédito”. A peça tem dramaturgia construída a partir de registros fotográficos de um jantar, encontro entre amigos que aconteceu na vida real, com artistas ícones de uma época.