NAVE completa 15 anos abrindo o caminho para o futuro na Educação
15/04/2021
Em 15 anos de existência, o Núcleo Avançado em Educação – NAVE colecionou prêmios, números e muitas histórias. Desenvolvido pelo Oi Futuro em parceria com as secretarias de estado de Educação do Rio de Janeiro e Pernambuco, o NAVE não cabe no conceito convencional de escola pública do Ensino Médio.
Com um programa de educação integrada e profissionalizante focado em tecnologias digitais, as escolas do NAVE são um verdadeiro laboratório de experimentação pedagógica, com metodologias de ensino-aprendizagem inéditas e inovadoras. Tem como linha-mestra a formação de jovens críticos, autônomos, socialmente responsáveis e preparados para trabalhar com inovação e criatividade, produzindo impacto positivo num mundo cada vez mais digitalizado.
O NAVE já formou 3.082 estudantes e tem 900 alunos matriculados este ano em suas duas unidades – no Recife (Escola Técnica Estadual Cícero Dias) e no Rio de Janeiro (Colégio Estadual José Leite Lopes). Além disso, desenvolveu um programa de formação de educadores no uso pedagógico de tecnologias, Cultura Digital e Robótica, que já alcançou 2.500 professores em 684 escolas da rede pública das cinco regiões do Brasil. Para compartilhar suas metodologias e democratizar o acesso às 150 práticas pedagógicas criadas pelo programa, foram lançados os guias digitais e-NAVE e Empreendedorismo Social na Educação, a websérie e-NAVE em Movimento e a plataforma digital Mídia_LAB, com tutoriais, vídeos e exemplos práticos voltados para a formação de professores e de gestores para o ensino remoto e híbrido.
“Ao longo desses 15 anos, o Oi Futuro e o NAVE acumularam uma experiência importante no tema das competências digitais para a educação. O uso criativo das novas tecnologias para a melhoria da aprendizagem esteve sempre na origem da nossa história. Desde 2017, percebemos que esses conhecimentos eram cada vez mais urgentes e necessários em escolas públicas de todo o país. Por isso, começamos a oferecer gratuitamente cursos, workshops e mentorias abertos a educadores de outras escolas e de outras regiões,” conta Carla Uller, gerente executiva de educação, inovação social e comunicação do Oi Futuro.
Em meio à pandemia global que impôs uma reformulação na forma de ensinar das escolas e na maneira de aprender dos alunos, empurrando o país (e o mundo) para as aulas online, o NAVE estava preparado para se adaptar. “Estamos imerso há muitos anos na cultura digital de forma transversal e integrada em todas as disciplinas. Quando a pandemia chegou, apesar do choque, as escolas tinham já um preparo maior para o universo digital e conseguiram fazer a virada em poucas semanas. Com a mudança brusca para o ensino remoto, as formações oferecidas pelo NAVE se tornaram ainda mais importantes para garantir a continuidade e a qualidade do ensino no Brasil”, afirma Carla.
Reconhecido como uma das 33 escolas mais inovadoras do mundo pela “Microsoft Innovative Schools World Tour”, o NAVE une o currículo base do Ensino Médio integral de qualidade com as formações técnicas em multimídia e programação de jogos digitais.
Ou seja, games não são novidade para o NAVE. Ao contrário, são ao mesmo tempo ferramenta e processo inovador de trabalho dos professores, que os utilizam de forma multidisciplinar; prática e produto final dos alunos, que refletem sobre diferentes questões do mundo, desenvolvem suas habilidades técnicas e aprendem fazendo seus próprios jogos; assim como uma porta para o mercado de trabalho na indústria criativa e para uma mudança social real.
Um espaço para o desenvolvimento de competências e talentos, o NAVE prepara a nova geração para profissões contemporâneas como produção de games, roteiros, aplicativos e produtos audiovisuais, além de outras que ainda serão inventadas. E mais. Estimula e ensina os seus alunos a empreender.
A partir de um trabalho de final de semestre na unidade do NAVE Recife no ano passado, Vinnícius Rodrigo, de 17 anos, abriu a sua própria startup e está na incubadora do Porto Digital, na capital pernambucana. Para conhecer a história do Vinnícius e saber mais sobre o jogo que o inspirou a empreender clique aqui. No NAVE Rio, Iasmin Alves também decidiu empreender e criou, em parceria com uma pesquisadora da UERJ, um game para celular que facilita a alfabetização de crianças autistas.
Estes são apenas dois exemplos das dezenas de jogos já desenvolvidos pelos alunos do Núcleo. Racismo, combate à violência sexual infantil, negritude, religiosidade, sustentabilidade, reciclagem, meio ambiente, saúde mental, biologia, história de civilizações antigas, raciocínio lógico e muitos outros temas inspiraram os jovens do NAVE a desenvolverem seus próprios jogos. Ao longo desses anos, já foram mais de 60 games publicados, além de diversas produções em artes visuais (curta-metragem, fotografia, realidade virtual), jogos analógicos e aplicativos para celular. Por trás deles, há o propósito de desenvolver a aprendizagem e gerar reflexão sobre questões sociais, culturais, ambientais, humanas, num diálogo constante entre a inovação digital e as questões e desafios do nosso tempo.
Desde 2017, em a parceria com Oi, o Oi Futuro desenvolveu o programa “Geração NAVE”, que já contratou 33 jovens recém-formados no Ensino Médio Técnico do NAVE para ingressarem em áreas estratégicas da companhia, como inteligência artificial e machine learning. Com um processo seletivo gamificado, o Geração NAVE inaugurou o cargo de “residente digital”, que não exige diploma de Ensino Superior, mas encoraja os profissionais que queiram cursar a faculdade. Assim, o programa oferece oportunidade do primeiro emprego a esses jovens, ao mesmo tempo em que promove uma renovação de ideias e visões dentro da Oi.
Para Carla, inovação, desejo de mudança, trabalho coletivo e criatividade de estudantes e professores são a matéria-prima do sucesso desses 15 anos do NAVE. “Acredito que a maior inspiração do NAVE é o papel criativo e protagonista de educadores e alunos na construção de alternativas e inovações para o ensino e a aprendizagem. A inovação é muito beneficiada da conectividade e das ferramentas digitais, mas ela essencialmente parte do desejo e da criatividade das pessoas que estão todos os dias nas escolas”, conclui.