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Rio2C: formação de rede e o fortalecimento da cena musical

25/04/2019

Rio2C: formação de rede e o fortalecimento da cena musical

Ao começar sua carreira, muitas vezes o artista se vê tendo que executar tarefas ligadas a comunicação, a gestão, a planejamento e a orçamento e, com isso, sobra pouco tempo para se dedicar realmente à música. Ao mesmo tempo, falta tempo de estrada e relevância na cena para entrar para o casting de uma grande gravadora e alavancar sua carreira. A solução, então, está nos selos e gravadoras independentes, que oferecem apoio na divulgação e na distribuição de seu trabalho para que ele possa investir seu tempo na criação musical, além de entrar para uma rede fortalecida de artistas atuantes na cena musical.

O primeiro dia da conferência da Rio2C apresentou uma conversa sobre selos e gravadoras independentes com Rodrigo Garcia, do selo Porangareté, Rodrigo Lariú, do selo Midsummer Madness, Marco Xi, do selo Brasileiríssimos e mediação de Yuri Chamusca, produtor cultural do Oi Futuro. O Instituto selecionou os selos Porangareté e Brasileiríssimos em um edital voltado para selos e gravadoras independentes, disponibilizando a infraestrutura do estúdio do LabSonica e do coworking do Lab Oi Futuro. “Decidimos ir para o início da cadeia produtiva e dar suporte para que os artistas consigam fazer acontecer seus trabalhos”, conta Yuri. “Oferecemos estrututa de ponta, mas acreditamos que a melhor tecnologia, na verdade, é o ser humano”, complementa.

Para Rodrigo Garcia, atualmente um artista pode empreender, criar e divulgar seu trabalho sem um selo, mas ao entrar para o guarda-chuva de uma gravadora independente ele começa a fazer parte de uma rede: “Os artistas acabam virando amigos, o grupo se fortalece, troca músicas; eles fazem shows juntos, participam de festivais… Vira um grande banco de músicas e talentos e acaba ficando mais fácil divulgar o trabalho de um grupo do que o de um artista específico”. Lariú complementa: “Os selos acabam virando uma vitrine para os artistas. Os responsáveis por trilhas sonoras, por exemplo, preferem fazer contato com os responsáveis pelos selos em vez de bater na porta de artista por artista”. Dessa forma é possível afirmar que as gravadoras independentes acabam atuando como curadoras musicais, chancelando determinados artistas para o público.

Além de fortalecer a cena independente e dar oportunidade para quem está começando no mundo da música, os selos independentes são importantes também por facilitar a distribuição do trabalho dos artistas. “Hoje em dia tem muita gente e muita gente boa fazendo música, então você tem que ter um diferencial na distribuição para que seu material chegue nas pessoas certas e seja ouvido pelo público que você quer atingir”, diz Marco.

Muitas vezes vistos como vilões pelos artistas por causa das grandes gravadoras, os selos e gravadoras independentes atuam como facilitadores de divulgação e distribuição do material artístico, principalmente para aqueles que estão começando neste mercado. Em um mundo digital com diversas opções e formas de divulgação de um trabalho artístico, a ajuda de divulgação e distribuição acaba sendo fundamental para que o artista faça o que ele realmente gosta e sabe fazer: música.

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