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SXSW 2021 – Macrotendências para o futuro: Virtualização de experiências e realidades

05/04/2021

SXSW 2021 – Macrotendências para o futuro: Virtualização de experiências e realidades

A tecnologia mais do que nunca formata a nossa maneira de viver, trabalhar, se comunicar, se relacionar, consumir, pensar. A futurologista Amy Webb abriu o SxSW deste ano apontou a transição da internet das Coisas para a “You of Things”, algo como o “você das coisas”, como um processo já em curso.  Neste segundo capítulo da série “SXSW 2-21 – Macrotendências para o futuro”  destacamos a virtualização de experiências e realidades como uma das grandes tendências discutidas pela conferência.

Confira abaixo algumas tendências apontadas por futuristas, inovadores e diferentes palestrantes do evento:

YOU OF THINGS – O “VOCÊ” DAS COISAS

O ser humano (em seu corpo ou através de ferramentas e equipamentos) está cada vez mais conectado aos aparatos digitais. Aparelhos integrados à nossa realidade – e, em breve, implantados em nossos corpos – que coletam todo tipo de informações: pulseiras que controlam batimentos cardíacos, ritmo do sono ou a quantidade de passos do dia; smartglasses que substituem a tela do celular;  anéis que monitoram os níveis de oxigênio no sangue e a temperatura corporal; a própria voz pela qual se controla a escolha da música, o canal de TV, o início de uma videoconferência, o forno que vai assar o jantar ou as luzes de ambientes da casa. Tudo isso podendo ser controlado remotamente, pela internet.  Onde esses dados serão armazenados, como serão utilizados e por quem são as perguntas que devem nortear a atenção de empresas, governos, organizações e indivíduos a partir de agora. Preocupação com liberdades e privacidade.

 

REALIDADES MÚLTIPLAS

Para além dos já conhecidos universos paralelos, multiversos, realidades imersivas e realidades virtuais, dois novos conceitos devem ganhar força:  realidade estendida (um exemplo de hoje, o GPS ou caixinhas de som espalhadas por ambientes públicos que emitem frequências sonoras perceptíveis somente para determinados grupos de pessoas) e realidade diminuída (como fones de ouvido que bloqueiam o som externo ou óculos permitem eliminar digitalmente objetos e pessoas presentes no ambiente real).

 

VOZ COMO FATOR DE APROXIMAÇÃO NO VIRTUAL

A voz está de volta ao cenário da comunicação e da interação em ambiente digital, sendo apontada como um asset redescoberto durante a pandemia, por permitir uma humanização maior dos contatos virtuais e de nossa experiência online. Áudio de whatsapp, podcasts e o surgimento do ClubHouse confirmam essa tendência. A voz ainda tem limitações técnicas e estão em curso investimentos na modernização de sua produção e uso, para acompanhar o progresso das experiências tecnológicas visuais.

 

HUMANIZAÇÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

A tecnologia de sintetização, que hoje já existe para áudio e imagens, será ainda mais aperfeiçoada nos próximos anos podendo levar a simulações virtuais de sentimentos e sensações reais. Como exemplo,  a Microsoft já está investindo em ferramenta capaz de recriar pessoas a partir dos registros que elas deixaram online. Transpondo isso para a indústria de biotecnologia, a edição de genes já existe e venceu o Prêmio Nobel de Química  de 2020. Inúmeros palestrantes chamaram a atenção para o poder e o perigo dessas tecnologias e a necessidade de encontrar forma de prevalência do poder positivo dessas inovações. Yuval Harari falou da urgência em se pensar em ética e no poder de escolhas das mentes inovadoras por trás da criação, produção e uso desses algoritmos e ferramentas. É importante que as pessoas se informem e que as instituições promovam a conscientização do poder da tecnologia.

A humanização da Inteligência Artificial foi tema de várias mesas. O desenvolvimento, aprimoramento e uso de aplicativos e equipamentos já estão em curso para capturar respostas emocionais a partir do monitoramento e análise de gestos, voz e expressões faciais. Os usos podem ser infinitos e já há experiências em curso nas áreas de marketing, terapias voltadas para saúde mental e do corpo, educação, autismo, trabalho, depressão, combate ao suicídio, segurança no trânsito, entre outros campos.

GAMIFICAÇÃO

E a virtualização das relações se aprofundará. O ser humano tem desejo e necessidade de troca e conexão. E será exigido que as iniciativas de indústrias e mercados de qualquer setor promovam conexão que permita a interação entre seus usuários, clientes, público, funcionários, alunos, participantes… A Geração Z vai indicar o caminho a ser seguido. Serão necessárias novas soluções para a entrega de experiências a distância. A tendência de gamificação será ainda mais intensificada em todos os mercados. A indústria de games, que cresceu dez vezes nos últimos 15 anos, é a vanguarda de onde virá inspiração para diversos setores da economia.

 

 

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