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Artigo: Conheça a prática Análise Crítica da Informação

27/06/2019

Artigo: Conheça a prática Análise Crítica da Informação

Texto:  Jonathan Caroba, Líder do MDE do Nave Rio

Em tempos de desinformação em massa, quais são as ferramentas que você tem para entender o mundo no qual você vive e não sair por aí espalhando informação falsa? Parece difícil falando assim, mas a Monitoria de Mídia do NAVE Rio tem uma formação especial que pode ajudar muito você a perceber o conteúdo de cada mensagem.

Nos NAVEs Rio e Recife, os Espaços de Midiaeducação, responsáveis pela inovação pedagógica e pela integração disciplinar nas escolas, os alunos formam um grupo chamado de Monitoria de Mídia. Esses meninos e meninas aprendem a “ler” de novo, a perceber as nuances das mensagens em diferentes veículos de informação, passam por um treinamento e saem formados para trabalhar com produção de conteúdo para mídias digitais e impressas. Bora ver o passo a passo da prática “Análise Crítica da Informação”?

Escolha um tema norteador. Por ser um exercício pedagógico e com teor formativo, é importante escolher um tema que esteja alinhado com a proposta pedagógico do professor, da instituição e que seja interessante de ser trabalhado com a turma. Um dica extra é trazer algum assunto que a turma já goste de falar sobre.

Traga vários materiais diferentes. A ideia aqui é você, educador, encontrar vários tipos de textos, podcasts, mini documentários, peças publicitárias, panfletos, infográficos e qualquer outro elemento que você ache interessante. Quanto mais melhor! Muitas vezes os estudantes não percebem que até mesmo nas menores peças de publicidade existem discursos e ideias implícitas.

Escolha elementos diferentes. O melhor é diversificar. Traga textos de jornais impressos, trechos de matérias online, podcasts curtos, fragmento de filmes, materiais de publicidade e até mesmo matérias de radiojornalismo. Quanto mais eles puderem entender as diferenças em se trabalhar o mesmo tema em diferentes veículos de comunicação melhor. A dia aqui é trazer elementos que os alunos dificilmente teriam acesso, como jornais comunitários e blogs de notícia de jornalistas independentes.

Trabalhe com a ideia de Rotação por Estação. Esse é um dos conceitos trabalhados no campo do Ensino Híbrido (Blended Learning), uma das tendências do século XXI por pressupor o uso da tecnologia como elemento estruturante da sala de aula. A ideia é criar espaços (ou estações) distintas e personalizadas, cujos materiais para trabalho são diferentes, mas apresentam o mesmo eixo temático. Na Rotação por Estação, é imprescindível uma estação que tenha uso de tecnologia, então, fica fácil trazer recursos digitais para a aula. Os grupos de aluno vão rodando por todas as estações e conhecendo cada texto, vídeo ou imagem que trabalham o mesmo tema. Se você ainda não sabe exatamente o que é Ensino Híbrido ou Rotação por Estação pode aprender aqui, também aqui o até mesmo aqui.

Dê perguntas norteadoras para os grupos ou estações. O papel do educador, neste ponto, é primordial. O levantamento dessas perguntas norteadoras pode ser feito com a turma ou antes da aula, mas é importante que existem questões como “com que público esses textos falam?”, “qual o posicionamento sócio-político assumido?”, “qual é tipo de linguagem utilizada (coloquial ou norma culta)? Por quê?”, “o que se fala aqui, mas não se fala ali?”. Esses questionamentos, de forma geral, os estudantes não fazem sozinhos, então, o professor precisa balizar a leitura crítica para que a análise dos grupos seja fundamentada.

Faça com que eles compartilhem suas impressões. Depois de entenderem o material, analisarem e debaterem, seus alunos precisarão falar para turma quais foram as suas impressões. É muito possível que, neste momento, os estudantes usem suas experiências de mundo para explicar o que perceberam. Incentive isso! Nada melhor do que a nossa bagagem pessoal para emocionar e convencer o outro sobre as suas perspectivas!

(EXTRA) Deixe os alunos colocarem a mão na massa. Se você tiver mais um tempinho com eles, aproveite para produzir com as suas turmas textos, vídeos e imagens. Depois de analisar, o melhor exercício é fazer. Desse jeito, sua turma ficará muito mais engajada e conseguirá assimilar melhor as mensagens que transmitem, consomem ou produzem!

Viu como não é difícil entender o que acontece no mundo e fazer a sua turma se conectar com as informações de maneira muito mais interessante? Aproveite para replicar a prática e conte aqui como foi.

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